Governos de vários países chegaram em outubro a um acordo inédito para controlar emissões de gases-estufa da aviação internacional – um setor não contemplado pelo Acordo de Paris e que representa hoje cerca de 2% das emissões mundiais. Segundo o texto, definido durante a 39ª Assembleia da Organização de Aviação Civil Internacional, em Montreal (Canadá), a partir de 2021, empresas aéreas com voos partindo ou chegando dos países signatários deverão reduzir ou compensar as emissões que superem os níveis de 2020. A primeira fase do novo mecanismo vigorará de 2021 a 2026 e será voluntária. Por enquanto, 64 países vão participar dela, o que já cobriria cerca de 66% do aumento de emissões de CO2 esperadas para o setor de aviação internacional entre 2021 e 2026. Até meados de outubro, o Brasil ainda não fazia parte da lista.