EPIGENÉTICA

• O que gosto na ciência contemporânea é a sua capacidade de evoluir, de transformar seus valores e assertivas, de dar guinadas às vezes radicais em suas posições. Ao contrário do que costuma acontecer com as religiões, quase sempre muito mais dogmáticas e rígidas, tantas vezes querendo passar a impressão (inteiramente ilusória) de possuírem a verdade absoluta das coisas. Lembrei-me disso ao ler a matéria sobre a epigenética (PLANETA nº 450, de março). Quando já estávamos achando que tudo, ou quase tudo, em matéria de hereditariedade era questão de memória genética, chega a epigenética para mostrar que não é bem assim, que outros fatores influem e repercutem nos nossos descendentes além dos genes que lhes transmitimos. Parabéns pela oportunidade desse texto!

Paulo César Valadão, Belo Horizonte, MG, por e-mail.

• Gostei muito da reportagem sobre a epigenética (edição nº 450). Mas a matéria da capa com o título “Avô estressado, neto ansioso” foi insuficiente para mim, visto que estou desenvolvendo um trabalho sobre esse tema e gostaria de saber onde encontrar mais informações.

Dulcinéia Buçard, psicopedagoga, dulbucard@hotmail.com.

NOTA DA REDAÇÃO: Cara Dulcinéia, no momento não temos mais informações sobre o assunto. Tomamos a liberdade de publicar seu e-mail, caso algum leitor queira lhe fornecer mais dados a respeito.

ROBERTO KLABIN

• Gostei muito da entrevista com Roberto Klabin (edição nº 450). Acredito que vocês absorveram bem a mensagem dele. Porém, nossos parceiros no projeto Mapeamento ficaram ausentes do texto publicado e quero identificá-los aqui: WWF Brasil, Ecoa, Fundação Avina e Conservação Internacional. Agradeço a oportunidade e me coloco à disposição para informações a respeito do Pantanal.

Alessandro Menezes, diretor executivo do Instituto SOS Pantanal, por e-mail.

NOTA DA REDAÇÃO: Observação anotada, caro Alessandro.

OS LAMENTOSOS E A GRATIDÃO

• Sou psicóloga, tenho 52 anos e moro em Guaratinguetá. Na biblioteca da minha casa arquivo revistas PLANETA da época da saudosa Elsie Dubugras. Naquele tempo, as matérias da revista abordavam mais o gênero místico e esotérico. Já assino PLANETA há algum tempo. A revista tem um cheiro bom, o papel é gostoso de manusear. Dois artigos chamaram minha atenção no último número (edição nº 450), pela capacidade de síntese e atualidade: “Lamentosos – Vivem choramingando, mas recusam qualquer ajuda” e “Não existe felicidade sem gratidão”. Parabéns pela revista!

Sandra Cecília, por e-mail.

HOSPITAL DE BONECAS

• Já estava sentindo falta dos artigos do João Correa Filho, sempre tão cheios de conteúdo poético. Amei sua reportagem sobre o ateliê de reparação de bonecas (edição nº 450), em Lisboa. Acredito que a menor frequência de suas contribuições se deva então ao fato de ele estar vivendo em Portugal.

Estherina Franco, Itu, SP, por e-mail.

NOTA DA REDAÇÃO: Prezada Estherina, João Correia Filho está na Europa, desde julho do ano passado. Mas, para alegria dos amigos, já está retornando ao Brasil.

A VOLTA DO BIDÊ

• Sou assinante de PLANETA há muitos anos e quero dizer que a revista está cada vez melhor. Quero comentar, desta vez, um assunto que alguns podem considerar bizarro, mas que para mim é da maior importância. Li que na Europa e nos Estados Unidos está acontecendo um retorno em massa dos bidês aos banheiros novos ou reformados. Como sou alérgico ao uso de papel higiênico, acho isso ótimo. Viajo muito, por conta do meu trabalho, e como muitos hotéis no Brasil, inclusive de luxo, não oferecem essa comodidade a seus clientes, passei a me certificar quanto à existência de bidês ou, pelo menos, de duchas higiênicas nos banheiros dos quartos, antes de fazer uma reserva. Será que a moda vai voltar aqui no Brasil?

Armando Seixas, Fortaleza, CE, por e-mail.

NOTA DA REDAÇÃO: É verdade, Armando: o bidê, invenção francesa que muitas vezes despertou chacota nos países vizinhos, está voltando em grande estilo à arquitetura contemporânea mais preocupada com questões ecológicas. As razões não são apenas de higiene (é infinitamente mais asseado lavar as “partes baixas” após uma necessidade fisiológica do que tentar limpá-las com papel). O uso do bidê, ou de seu sucedâneo, o chuveirinho higiênico, oferece grandes vantagens ambientais. O cálculo é fácil de ser feito: sabendo-se que um norte-americano utiliza em média 57 folhas de papel-toalete por dia, o que representa para todo o país 15 milhões de árvores, 17,3 terawatts de eletricidade e 2,13 bilhões de litros de água por ano, o impacto ecológico do uso do bidê não pode ser negligenciado.

BLOG DO LUIS

• Soube, através de amigos assinantes dessa revista, que o diretor Luis Pellegrini lançou um blog pessoal. Podem confirmar o endereço correto para que possa acessá-lo?

Romilda Moscardino, Rio de Janeiro RJ, por e-mail.

NOTA DA REDAÇÃO: Cara Romilda, o endereço do blog é: www.luispellegrini.com.br. Nele, nosso diretor está postando vários textos seus, alguns antigos, outros atuais, escolhidos segundo a importância e a atualidade dos temas.

VÊNUS DE MAMUTE

• Qual é a obra de arte mais antiga feita por mãos humanas?

Valéria Ramos, Belo Horizonte, MG, por e-mail.

NOTA DA REDAÇÃO: Cara Valéria, a resposta a sua pergunta é muito difícil, talvez impossível. Mas sabemos que, pelo menos, a história da arte figurativa feminina recuou de 5 mil anos recentemente após a descoberta dessa Vênus primitiva, a mais antiga que se conhece, datando de 35 mil anos. Essa figura, esculpida em marfim de mamute, descoberta no sítio arqueológico de Hohler Fels, na Alemanha, mede apenas 6 centímetros de altura. Seus caracteres sexuais, superdimensionados, sugerem que se trata de uma grande-mãe, um símbolo de fecundidade, provavelmente usado como adorno em colar. Arqueólogos consideram que ela é a prova de um estado de desenvolvimento cerebral que permitia a nossos ancestrais da época a simbolização e a abstração.

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