Com uma doação de R$ 350 milhões, o cineasta João Moreira Salles e sua esposa, a linguista Branca Vianna Moreira Salles, iniciaram em março uma das mais relevantes empreitadas na ciência brasileira: o Instituto Serrapilheira, primeiro órgão privado do país totalmente dedicado a financiar a pesquisa e a divulgação científica. Camada formada por folhas e matéria orgânica que fertiliza o solo das florestas, a serrapilheira traduz a intenção dos criadores do instituto de “fertilizar a ciência”. O Serrapilheira tem como diretor-presidente Hugo Aguilaniu, do Laboratório de Genética do Envelhecimento da Escola Normal Superior de Lyon (França), e o presidente do Conselho Científico é o brasileiro Edgar Dutra Zanotto, do Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos. O instituto destinará até R$ 18 milhões por ano a estudos inovadores em ciências da vida, ciências físicas, engenharias e matemática, e dará atenção especial a jovens pesquisadores.