● Subsídios de sobra para combustíveis fósseis

As energias renováveis recebem subsídios em demasia? Dados recentes revelam que esses repasses, comparados aos destinados à indústria dos combustíveis fósseis, são modestos. Uma pesquisa da Bloomberg New Energy Finance revelou que, em 2009, os governos subsidiaram o setor de energias renováveis e tecnologias de biocombustíveis entre US$ 43 bilhões e US$ 46 bilhões; já a indústria dos combustíveis fósseis recebeu US$ 557 bilhões em 2008, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia.

 

● Mata Atlântica em recuperação no Vale do Paraíba

Até 2020, a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba, projeto iniciado em 2006, deverá plantar cerca de 200 milhões de árvores na parte paulista da bacia do Paraíba do Sul. O investimento, de R$ 3 bilhões, alia a recuperação ambiental de 150 mil hectares ao desenvolvimento social e econômico dos municípios do Vale do Paraíba do Sul. A entidade tem como associados-fundadores Fibria, Banco Santander, Instituto Ethos, Instituto Oikos, participação do Instituto Tomie Ohtake e da Fundação SOS Mata Atlântica, além da auditoria pro bono da PricewaterhouseCoopers.

 

● Mares sem vida

A quantidade de fitoplânctons – as microscópicas plantas que são a base da vida nos oceanos – presentes nos mares baixou cerca de 40% no século passado, uma perda mais acentuada a partir dos anos 1950. Se confirmados por novos estudos, esses números, obtidos por cientistas canadenses, representarão uma gigantesca mudança na biosfera global, mais grave do que a destruição registrada nos recifes de corais e nas florestas tropicais.

 

● O beco sem saída do urso-polar

O aquecimento global dificulta ao extremo o modo de vida dos ursos-polares, algo já visível no oeste da Baía de Hudson: segundo pesquisadores da Universidade de Alberta (Canadá), os animais da região estão perdendo gordura e massa corpórea conforme seu tempo no gelo marinho fica mais curto. É sobre o gelo que esses ursos capturam focas, sua principal presa, e obtêm gordura para superar o verão, quando o degelo os impede de caçar. Para os cientistas, esses animais resistirão no máximo até 2040.

 

● Águia-cinzenta monitorada

Ave sul-americana ameaçada de extinção, a águia-cinzenta tem hábitos ainda pouco conhecidos, mas isso já começou a mudar: uma jovem fêmea, capturada na região de Patrocínio (MG), recebeu um anel de aço inox do Centro de Pesquisa para a Conservação de Aves Silvestres, órgão vinculado ao Ibama, e teve um transmissor via satélite adaptado ao seu corpo, em forma de mochila, no dorso. O projeto, da empresa Fosfertil, visa monitorar o pássaro por radiotelemetria e satélite, contribuindo para sua preservação.

 

● Mudanças climáticas e terremotos

Em artigo publicado na revista Philosophical Transactions of the Royal Society A, cientistas britânicos afirmaram que o degelo (que faz a terra se expandir em lugares como a Groenlândia e a Antártica), a elevação do nível do mar e o aumento no número de chuvas e tempestades severas poderiam afetar a crosta da Terra, deflagrando eventos geológicos “perigosos”, tais como terremotos, erupções vulcânicas e deslizamentos. Segundo eles, o Alasca já viveria os efeitos dessas mudanças.

 

Empresas + verdes

+ Desde agosto, as lojas da rede Pão de Açúcar dispõem de três novos modelos de sacolas retornáveis, desenvolvidos em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. Feitas com material 100% PET, elas suportam até 20 quilos. Parte da renda conseguida com a venda das sacolas é destinada a projetos de conservação desenvolvidos pela ONG.

 

+ A Verallia (ex-Saint-Gobain Embalagens) lançou as primeiras garrafas ecológicas produzidas no País. Com peso menor do que as embalagens comuns, elas usam 15% menos vidro. Há também redução de 15% na emissão de CO2 e de 4% no gasto de energia no processo produtivo. No primeiro lote figuram 12 garrafas para vinho, nos formatos Bordeaux e Borgonha.

 

+ Flex Green, a atualização do aspirador Flex, da Electrolux, traz novidades voltadas para a sustentabilidade. A embalagem é 100% constituída de papel reutilizado. O produto tem 25% de sua estrutura em plástico reciclado e dispensa o uso de saco para pó, além de emitir menos ruído do que os aspiradores da mesma categoria (91 decibéis, ante 95 dB).

 

+ A panificadora Panco lançou embalagens com temas ecológicos para seus produtos Bisnaguinhas Originais e pão de forma Premium. A série “Conheça as nossas árvores” homenageia quatro espécies – pau-brasil, araucária, ipê-amarelo e açaí – e traz dados sobre cada uma delas. O site www.bisnaguinhas.com.br contém mais informações sobre o tema.