Na esteira do acidente em Fukushima, no Japão, Alemanha, Suíça e Itália anunciaram que vão desistir da energia atômica. O ministro do Meio Ambiente alemão, Norbert Roettgen, pretende fechar todas as usinas nucleares do país até 2022. Das 17 existentes, as 8 mais velhas já estavam paralisadas e 7 haviam sido fechadas temporariamente, após Fukushima. O governo suíço seguiu os passos da Alemanha e os eleitores italianos, num plebiscito que registrou participação recorde de 57% da população, enterraram o plano de construir usinas no país.

Emissões de CO2 batem recorde

O nível de gás carbônico (CO2) na atmosfera entre 22 e 28 de maio foi o mais alto já registrado: 394,97 partes por milhão (ppm), 1,6 ppm a mais do que em 2010, segundo dados do governo dos Estados Unidos. Na mesma época, a Agência Internacional de Energia divulgou que as emissões de CO2 para geração de energia foram as mais altas da história, graças sobretudo a países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia. Níveis de CO2 acima de 400 ppm favorecem mudanças mais sérias no clima.

São Paulo aumenta controle do ar

O Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (Consema) aprovou em maio a adoção de um parâmetro mais rígido de limite para poluição do ar, afinado com a Organização Mundial da Saúde. O Estado é o primeiro do mundo a seguir esse padrão, que afetará a obtenção de licenças ambientais por empresas e a implementação de medidas extremas nas cidades com poluição alta, entre outros itens. Até se chegar ao limite desejado haverá três etapas intermediárias, a primeira das quais vencerá em 2014.

Google investe em energia renovável

Uma usina eólica no sul da Califórnia é o mais novo investimento em energia alternativa da Google. A gigante de tecnologia destinou US$ 55 milhões para a construção do parque eólico Alta Vista Energy Center, na fronteira do deserto de Mojave com os Montes Tehachapi. A obra, a cargo da Terra-Gen Power, conta ainda com a participação do Citibank e deverá abastecer 450 mil domicílios. Com a iniciativa, a Google já contabiliza US$ 400 milhões investidos em energias renováveis.

Mata Atlântica: devastação menor

Minas Gerais (12.467 hectares) e Bahia (7.725 hectares) foram os Estados que mais perderam cobertura de Mata Atlântica entre 2008 e 2010, segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado em maio pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nesse triênio foram desmatados 31.195 hectares.

O documento aborda a situação de 16 dos 17 Estados que contêm o bioma. A taxa média anual de desmatamento nesses Estados caiu 55% ante o triênio 2005-2008.

Londres incentiva carro elétrico

O prefeito de Londres, Boris Johnson, anunciou em maio a criação de uma rede de recarga para carros elétricos, estímulo adicional ao uso desses veículos. Até 2013, mais de 1.300 pontos de recarga serão instalados na cidade. Motoristas de carros elétricos têm isenção do pedágio urbano denominado Congestion Charge. A Nissan divulgou que pagará a recarga durante 12 meses para quem adquirir seu veículo elétrico, o Leaf (foto), até o fim de 2011 e mora a até 64 quilômetros de um desses posto.

Empresas + verdes

A empresa de transporte coletivo Metropolitana, que atua em São Paulo e no Recife, pôs em circulação, em maio, 50 ônibus movidos a etanol na capital paulista. Os veículos, fabricados pela Scania e adaptados a partir de um estudo da USP, já seguem o padrão de emissão de poluentes da União Europeia.

A siderúrgica ArcelorMittal Tubarão, do Espírito Santo, trouxe para o Brasil o Sistema Claus, tecnologia inédita na América do Sul que pode reduzir em até 89% as emissões de dióxido de enxofre de sua coqueria (a área produtora de coque, combustível usado na produção de aço). O sistema completo começará a funcionar em fevereiro.

A HP comemorou em junho a ultrapassagem das metas de redução de consumo de energia de seus produtos traçadas em 2009. A empresa pretendia baixar em 40% esse consumo entre 2005 e 2011, mas nove meses antes do prazo anunciou que seus aparelhos já são 50% mais eficientes energeticamente do que os de cinco anos atrás.

O Grupo EkoBio lançou em maio duas canetas biodegradáveis: a ExataBio, modelo automático com design italiano, e a PetitBio, minicaneta com cordão em algodão. As duas, tal como a EkoBio (a primeira caneta biodegradável do país), são feitas com biorresina de fonte renovável, que não deixa resíduos tóxicos.