O novo governo das Maldivas, país insular no Oceano Índico, anunciou em março uma forte guinada em relação às preocupações ambientais do antecessor Mohamed Nasheed. Em 2008, Nasheed afirmara que pretendia comprar terras para salvar a população do país (400 mil habitantes), ameaçada pela elevação dos mares associada ao aquecimento global. O novo presidente, Abdulla Yameen, tem outras prioridades: para ele, só o turismo de massa e megaempreendimentos no setor permitirão às Maldivas enfrentar a mudança climática e desenvolver-se. Os planos envolvem criar ilhas artificiais, transferir moradores de ilhas menores para as maiores e usar os atóis vagos para erguer 50 novos resorts. Um deles seria o atol Faafu, no norte, que seria arrendado à família real saudita por US$ 10 bilhões.