O funcionamento da nave Philae, pousada no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, segue precário, mas as informações que ela já havia enviado – muitas das quais presentes em sete estudos dos cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) publicados em julho na revista Science – dão o que pensar. Pelo menos 75% do interior do cometa, por exemplo, é vazio. Sua superfície, numa das fotos da Philae, revela textura granular, com fragmentos de vários formatos espalhados aleatoriamente, em grupos ou isolados. Pedras cercadas por depressões no solo lembram depressões causadas pelo vento na Terra. O 67P tem muitas moléculas orgânicas, que, se chegassem a um planeta adequado, poderiam dar início à vida ali. Quatro delas – isocianato de metila, acetona, propionaldeído e acetamida – não tinham sido vistas em cometas antes. (Confira outras recentes descobertas sobre o universo na matéria “A odisseia humana no espaço”, aqui)