Há cerca de 10 mil anos, uma mulher grávida e pelo menos outros 27 membros de sua tribo foram agredidos, amarrados e jogados para morrer em uma lagoa em Nataruk, no norte do atual Quênia. Os fósseis, achados há quatro anos por cientistas da Universidade de Cambridge (Inglaterra), são a prova mais antiga de episódios de violência e guerra entre grupos nômades de caçadores-coletores. Segundo Marta Mirazón Lahr, líder do estudo, o massacre pode ter sido motivado pela posse de recursos como território, mulheres ou alimentos. “Nataruk pode ser a evidência de uma resposta hostil padrão a um encontro entre dois grupos sociais naquela época”, afirma. A descoberta foi publicada em janeiro na revista Nature.