Nasce um iceberg

Em 14 de outubro, cientistas de um programa da Nasa, a agência espacial norte-americana, que sobrevoavam a geleira Pine Island, na Antártida, flagraram uma enorme rachadura, de 29 quilômetros, na ponta do glaciar. A fenda, com 80 metros de largura média e profundidade entre 50 e 60 metros, marca o momento do nascimento de um novo iceberg, cuja área estimada será de 880 km² quando se soltar da geleira – quase 75% da extensão do município do Rio de Janeiro.

Civilização negra

A queda do ditador Muamar Kadafi deve estimular os estudos sobre Garamantes, uma antiga civilização negra da fronteira sul da Líbia. Um estudo da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, indica que Garamantes – situada na mais movimentada rota transaariana antiga – ergueu inúmeros edifícios e ocupou uma área bem maior do que se imaginava: cerca de 650.000 km². Citada como uma “nação muito grande” pelo historiador grego Heródoto, ela foi ignorada no governo Kadafi.

Beija-flor musical

Estudo liderado por cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, revela que os beija-flores fazem canções de amor com as penas da cauda: o abanar do vento faz as penas da ave tremular, produzindo sons diferentes.

Casa Branca: “Aliens não existem”

Não há evidência de vida fora da Terra nem de visitas de alienígenas ao nosso planeta, garante Phil Larson, porta-voz do Escritório da Casa Branca para Políticas de Ciência e Tecnologia, em novembro. A afirmação é uma resposta oficial a duas petições solicitando ao governo dos Estados Unidos que confirmasse formalmente se os aliens já vieram à Terra e revelasse retenções intencionais de informação sobre interações entre o governo e os extraterrestres.

Mais rápido que a luz

Os neutrinos, uma das mais intrigantes partículas subatômicas, podem viajar mais rápido do que a luz, informam os cientistas do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN). Um neutrino disparado de um laboratório da Suíça para a Itália, a 730 km de distância, superou em 60 nanossegundos a velocidade da luz (299.792 km por segundo). Os dados estão sendo revisados e, se confirmados, prometem revolucionar a física.

Febre boa

Tomar remédio contra a febre pode não ser a melhor solução, dizem cientistas do Instituto de Câncer Roswell Park, em Buffalo, nos Estados Unidos. Deixar a febre seguir seu curso pode ajudar certos tipos de células imunes, as CD8 T, a trabalhar de modo mais eficiente. No estudo notou-se que, com a temperatura mais alta, um maior número de CD8 T se torna capaz de destruir células tumorosas e infectadas por vírus. Mas febres persistentes acima de 40ºC exigem medicação.

4,4% das empresas brasileiras que inovam conseguem apoio direto de algum órgão público, percentual muito reduzido. Calcula-se que em 2011 o investimento das empresas em inovação atingirá R$ 45 bilhões. O setor público financia cerca de 10% do total.

5 mil dólares foi o cachê cobrado pelos Beatles para tocar em Daly City (Califórnia) em 1965. No contrato, leiloado em setembro, a banda exige não tocar para uma plateia só de brancos e dispor de um trailer com eletricidade e água, tevê e toalhas limpas.

QI mutável

Segundo a University College, no Reino Unido, o quociente de inteligência (QI), padrão para medir a habilidade cognitiva, pode mudar com o passar do tempo. Os pesquisadores analisaram 33 adolescentes entre 12 e 16 anos, em 2004 e quatro, anos depois. Alguns tinham o QI maior e outros, menor. A causa da mudança não foi descoberta, mas os cientistas supõem que a educação tenha exercido influência.

Música e cirurgia

Quando cirurgiões põem para tocar as músicas de que gostam, apresentam raciocínio mais rápido, de acordo com um estudo feito por cientistas da Universidade Estadual de Nova York (EUA). Os pesquisadores concluíram que a música deixa os médicos menos estressados e melhora a qualidade e o foco no trabalho.

Maconha desorganiza o cérebro

A maconha leva o cérebro ao caos ao tornar a atividade nervosa descoordenada e imprecisa, informa um estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, publicado no Journal of Neuroscience. Depois de aplicarem em ratos uma droga que imita o ingrediente psicoativo da maconha, os pesquisadores constataram que a substância desorganizou completamente as ondas cerebrais através do hipocampo (área-chave na formação das memórias) e do córtex pré-frontal (essencial para planejar, tomar decisões e comportar-se socialmente).

Planar cansa

Ao contrário do que se poderia imaginar, ao planar de uma árvore a outra, o colugo, um lêmure voador que habita o sudeste da Ásia e as Filipinas, gasta 1,5 vez mais energia que despenderia ao percorrer a distância a pé, diz uma pesquisa do Journal of Experimental Biology. Os cientistas acreditam que planar ajuda o animal a evitar quedas altas, já que ele se alimenta de folhas nas copas elevadas das árvores.

Dissolvedor radical

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram o Universol, um composto químico que dissolve todos os materiais orgânicos e inorgânicos em apenas 30 minutos. Plástico e vidro são algumas das exceções. Outro diferencial é que o produto não altera a composição química das amostras.

Genoma da Peste Negra

Com o auxílio de esqueletos de cemitérios londrinos, cientistas sequenciaram o genoma da bactéria Yersinia pestis, causadora da Peste Negra, a pandemia que matou entre 30% e 50% da população da Europa Ocidental, entre 1347 e 1352. A composição genética é muito parecida com a de cepas modernas da peste bubônica. O último ancestral comum das Y. pestis atuais surgiu entre 1282 e 1343.

1 bilhão de lâmpadas incandescentes são usadas na China anualmente. O governo anunciou que vai banir as importações e vendas de lâmpadas com potência de 100 watts ou mais a partir de outubro de 2012.

20% maior, em média, é o dano causado ao tecido do coração por ataques cardíacos entre 6 horas da manhã e meio-dia, afirma um estudo espanhol. Os hospitais devem reforçar as equipes durante a manhã.

1,5 milhão de toneladas de carbono anuais são emitidas pelo Google, segundo a empresa. A quantidade é equivalente à da pegada ambiental da ONU.

Devagar, quase parando

Os últimos números do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2011, classificação feita pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD), mostram que o Brasil evoluiu, mas aquém das suas necessidades. Com nota 0,718 (o máximo é 1), três milésimos maior que a de 2010, o país pulou da 85ª para a 84ª posição, entre 187 países, passando o arquipélago de São Vicente e Granadinas, no Caribe.

Para tanto, subiram a renda per capita (US$ 10.162, ante US$ 9.812 em 2010) e a expectativa de vida no nascimento (73,5 anos, ante 73,1), mas os números de anos de escolaridade e a média de escolaridade permaneceram os mesmos (13,8 e 7,2, respectivamente). Entretanto, se for usado o fator IDHD – um índice corretivo aplicado desde 2010 pela ONU, que considera diferenças nos indicadores de renda, saúde e educação entre a população -, nossa nota cai para 0,519.

A desigualdade de renda é a principal razão para a queda, seguida por educação e saúde. Com as correções, o Brasil seria ultrapassado por países mais pobres, mas menos desiguais, como o Paraguai (107º colocado, com nota 0,665) e a Bolívia (em 108º lugar, com nota 0,663). Existe, porém, uma ressalva em relação aos dados usados. pelo PNUD. De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, os números são de 2006 e não flagram avanços brasileiros recentes em acesso a moradia, luz elétrica e educação.

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