O escritor, aviador e jornalista Antoine Marie Jean-Baptiste Roger de Saint-Exupéry nasceu em Lyon, na França, no dia 29 de junho de 1900. Filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe, Antoine nasceu numa família abastada e teve uma infância tranquila. Quando tinha 4 anos, o pai faleceu e a mãe assumiu a educação dos cinco filhos.

Até o início da 1ª Guerra Mundial, em 1914, a família viveu com uma tia no castelo de Saint-Maurice-de-Rémens, na região de Ain, cheia de bosques, lagos e prados, próximo de um aeroporto. Um dia, um piloto o convidou para um passeio de avião, que ficaria para sempre em sua lembrança.

Saint-Exupéry foi um adolescente sensível e exigente, que começou a imaginar histórias para vencer a solidão. Desde cedo e incentivado pela família, escreveu contos e prosas. Sua mãe ensinou-lhe desenho e música.

Depois de fracassar no teste para a escola naval, Saint-Exupéry conseguiu ingressar na aeronáutica francesa. Pioneiro da aviação comercial, estabeleceu várias rotas entre a Europa, a África e a América do Sul.

Paralelamente aos vários empregos que teve – sempre relacionados com a aviação –, ele se dedicou à literatura. Entre os livros que escreveu estão Correio do Sul (1926), Voo Noturno (1931), Terra dos Homens (1939), Piloto de Guerra (1942) e O Pequeno Príncipe (1943). Esta é sua obra mais conhecida e a única que escreveu para crianças. O próprio autor é responsável pelas ilustrações.

Obra infantil inesquecível para os adultos

O livro conta a história de um piloto de avião que sofre um acidente e cai no deserto do Saara. O aviador fazia a viagem sozinho e precisava consertar a sua máquina em poucos dias, antes que seu estoque de água acabasse. Perdido na imensidão do deserto, o piloto se surpreende ao encontrar um garoto – o Pequeno Príncipe. Aos poucos, descobre a fabulosa história do menino.

Ele morava em um asteroide chamado B-612. Lá, a maior preocupação do Pequeno Príncipe eram os baobás – grandes árvores que poderiam destruir o asteroide.

O garoto precisava arrancar as mudas dos baobás antes que crescessem. Ele decide então vir para a Terra à procura de um carneiro, que poderia comer as mudas dos baobás, poupando-o desse trabalho. Durante a viagem, encontra várias pessoas e animais.

O Pequeno Príncipe representa a criança que todo adulto já foi um dia. Narrando o encontro do piloto com o garoto no deserto, Saint-Exupéry nos conta a história de alguém que redescobre a sensibilidade artística de quando era criança e que foi reprimida pelos adultos.

Saint-Exupéry morreu num acidente de avião sobre a Córsega, em 31 de julho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, provavelmente abatido pelos alemães.

“Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas você não a deve esquecer. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.” (Extraído de O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry)