O plástico é um material produzido a partir de combustíveis fósseis, que pode levar 1.000 anos para se decompor e é poluente até mesmo quando reduzido a micropartículas. Além de que, é o principal poluidor dos mares e oceanos da Terra atualmente, causando muito sofrimento e morte entre os animais marinhos. PLANETA reuniu aqui cinco iniciativas exemplares contra esse problema global, destacadas pelo site Bored Panda, que estão diretamente ligadas à redução de produtos plásticos no mercado e nos oceanos. Inspire-se!

#1 – Empresa Mexicana Produz Talheres Descartáveis da Sementes de Abacate
A empresa mexicana BioFase está fabricando talheres e canudos descartáveis que biodegradam em apenas 240 dias. O México é responsável por cerca de 50% do suprimento de abacate do mundo, e muitas sementes dessa fruta terminam em aterros sanitários. A Biofase usa essa matéria prima para substituir o plástico. Conheça mais sobre a BioFase na matéria publicada por PLANETA.

Talheres e canudos descartáveis produzidos a partir da semente do abacate pela empresa mexicana BioFase são biodegradáveis e compostáveis

#2 – Cervejaria Cria Embalagem Comestível para seus Packs e Evita Poluição
A Saltwater Brewery, da Flórida (EUA), criou uma maneira genial de evitar a morte de animais e a poluição dos mares por material plástico. Criou uma embalagem à base de cevada e trigo para prender as seis latinhas de cerveja que vende em pack, seus componentes biodegradáveis podem, inclusive, alimentar os animais que se encontrarem com essas peças indevidamente descartadas. Já em 1987, a Associated Press anunciou que cerca de um milhão de aves marinhas e 100.000 mamíferos marinhos eram mortos todos os anos por aqueles anéis de plástico que servem para amarrar seis latas em pack. Antes de comprar qualquer coisa embalada em plástico, pense que você está segurando algo que pode levar até 1.000 anos para se dissolver no ambiente – e que mesmo ao se dissolver poluem as águas.

A cervejaria Saltwater Brewery, da Flórida (EUA), criou pack de 6 latinhas feito de material compostável.

#3 – Cidade Australiana Para a Poluição com o Simples Uso de Redes
Em 2018, a cidade de Kwinana, na Austrália, instalou duas redes de drenagem na Reserva Henley. Essa simples invenção acabou sendo muito mais útil do que se esperava. Em apenas quatro meses, as redes capturaram cerca de 370 kg de lixo. O custo total dessas redes somou US$ 20 mil, o que é muito mais econômico do que o pagamento de trabalhadores que recolheriam manualmente uma parte deles, como materiais plásticos e latinhas.

Rede criada na Austrália captura resíduos que se espalhariam pelas águas.

#4 – Sistema de Limpeza Quer Remover 90% do Plástico dos Oceanos até 2040
Diante de mais de 5 trilhões de peças de plástico atualmente flutuando nos oceanos, há uma necessidade desesperada de novas inovações que possam ajudar a limpar nossas águas. Fundada em 2013, a The Ocean Cleanup é uma organização sem fins lucrativos que tenta encontrar soluções para isso. Ela criou um sistema que se assemelha a um litoral de 600 metros de comprimento no meio do oceano que se aproveita das forças naturais das correntezas para reunir e capturar o plástico. A organização espera limpar 50% do plástico dos oceanos nos próximos 5 anos. E alcançar 90%, até 2040.

Ocean Cleanup criou um sistema que usa as correntezas para reunir e capturar o lixo dos oceanos.

#5 – Lei Britânica Reduz Desperdício de Plástico em 37% em Apenas Um Ano
Em 2015, o Reino Unido passou a cobrar as sacolas plásticas dos clientes de supermercado. O que parecia ser um preço muito pequeno – apenas cinco pence por um saquinho -, na verdade resultou em uma grande mudança. Não só desestimulou muitas pessoas a usar uma sacola extra ou desnecessária, como também incentivou as lojas a doar os fundos arrecadados com a venda das sacolas para associações ambientais. Em 2016, a associação Great British Beach Clean anunciou que a quantidade de sacolas plásticas nas praias caiu 37%, provando que houve um impacto positivo e direto no meio ambiente.
Alguns estados brasileiros já começaram a fazer o mesmo. Mas, segundo o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, 1 bilhão de sacos plásticos ainda são distribuídos nos supermercados do país por mês. Ainda há um longo caminho a percorrer no mundo todo, porque a mudança de mentalidade em relação a essas “comodidades” costuma levar tempo para acontecer. Nos EUA cada pessoa usa cerca de 1 sacola plástica por dia, resultando em 365 sacolas plásticas por pessoa, enquanto a Dinamarca e os cidadãos da Finlândia usam apenas 4 sacos por ano. Sério, como os escandinavos são tão bons nessas coisas ambientais? Absolutamente excepcional.