Usada em todo o mundo, a bandeira do arco-íris foi criada em 1978, por Gilbert Baker, um artista e ativista norte-americano declaradamente gay. Ele foi contratado para projetar um símbolo para a comunidade LGBTQ por seu amigo Harvey Milk, oficial da Marinha, primeiro homossexual eleito para um cargo público na Califórnia (EUA) e responsável pela aprovação de uma rigorosa lei sobre direitos gays para a cidade de São Francisco.

Baker se inspirou na bandeira nacional dos EUA, que tinha completado seu bicentenário dois anos antes, e no arco-íris, com as cores do espectro de luz praticamente na mesma sequência da bandeira que possuía duas cores a mais das seis que tem hoje. Ele atribuiu um significado a cada uma delas: rosa quente para o sexo, vermelho para a vida, laranja para a cura, amarelo para a luz do sol, verde para a natureza, turquesa para magia, azul para harmonia e violeta para espírito.

Parada gay em Taiwan: bandeira do orgulho gay é usada em todo o mundo (Crédito: Shih-Shiuan Kao)

Sua primeira exibição pública foi no Dia do Orgulho Gay de São Francisco, em 25 de junho de 1978, festejado na Praça das Nações Unidas. Baker tinha 27 anos e costurou à mão esse primeiro exemplar de 9 metros de largura e 18 metros de comprimento. E a aceitação foi automática. Ao contrário da comunidade LGBTQ, que foi ganhando mais letras e adeptos, após essa estreia bem-sucedida, Baker removeu duas cores do design para facilitar a produção em massa, o rosa e o turquesa.

“Precisávamos de algo para expressar nossa alegria, nossa beleza, nosso poder. E o arco-íris representava isso. Somos uma antiga e maravilhosa tribo de pessoas. Escolhemos algo da natureza. Escolhemos algo bonito”, explicou Baker em entrevista para à rede de TV norte-americana CNN, em 2015, dois anos antes de sua morte, aos 65 anos de idade.