Filho do filósofo Jean-François Revel e da pintora Yahne Le Toumelin, Matthieu Ricard tinha tudo para fazer uma bela carreira na França. Ele se doutorou em genética molecular, mas aos 26 anos largou tudo e foi estudar budismo no Nepal. Sua disciplina e aplicação o tornaram um símbolo do que a meditação e os ensinamentos budistas podem fazer por qualquer um.

Em 2009, pesquisadores americanos conectaram 256 sensores ao cérebro de Ricard e o submeteram a uma ressonância magnética para verificar seu nível de felicidade. O resultado surpreendeu: os índices da escala iam de 0,3 a -0,3 (muito feliz), mas o monge atingiu -0,45. Hoje aos 70 anos, o chamado homem mais feliz do mundo pensa que a solução para os problemas do ser humano e da Terra demanda uma atitude simples: “Só há um conceito que pode fazer com que todos se entendam: ter mais consideração pelos outros. E isso é altruísmo”.