O norte do Equador sofreu em 16 de abril um dos maiores terremotos do ano até agora. Com 7,8 graus, o sismo atingiu severamente uma parte pouco po­voada do país, onde estão as cidades de Muisne e Pedernales, a cerca de 170 quilômetros da capital, Quito. Cerca de 650 pessoas morreram em consequência do abalo. O fenômeno aconteceu um dia após a ilha de Kyushu, no sul do Japão, ser sacudida por um sismo de 7,0 graus – este, por sua vez, antecedido por um abalo de 6,2 graus na véspera. No total, os terremotos japoneses causaram cerca de 50 mortes.

Como milhões de abalos sísmicos ocorrem anualmente na Terra, é possível que os eventos do Japão e do Equador não estejam relacionados, mas a coincidência está sendo estudada. Separados por cerca de 14.500 quilômetros, os dois países fazem parte do chamado “Anel de Fogo” – as áreas nas bordas do Oceano Pacífico em que placas tectônicas se encontram e o vulcanismo e os terremotos são comuns. Cientistas estudam a possibilidade de que uma espécie de “gatilho remoto” tenha deflagrado o abalo equatoriano. Terremotos entre 7 e 7,9 graus ocorrem cerca de 15 vezes por ano, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.