O prefeito da Ilha de Páscoa (território chileno no Oceano Pacífico), Pedro Edmunds, classificou como um dano “incalculável” o estrago feito no domingo (1) em uma plataforma (ahu) de moais (as estátuas antropomórficas características da ilha) pela caminhonete de um turista chileno, informou o jornal “El Mercurio”, de Valparaíso.

Investigações preliminares dão conta de que a colisão com o monumento ocorreu por causa de uma falha de freio. O responsável pelo incidente foi detido e responde a inquérito.

Edmunds declarou que vai propor ao conselho municipal a restrição de acesso de veículos a áreas patrimoniais da ilha.

O responsável pela colisão foi detido e responde a inquérito. Crédito: arquivo

LEIA TAMBÉM: Nova teoria revê momento do colapso social na Ilha de Páscoa

Oito anos atrás, segundo o prefeito, “todos se recusaram a ser regulamentados por meio de uma lei quanto à circulação de todos os veículos em um local sagrado. Então, como município, já estávamos assistindo a isso e tínhamos a clareza do perigo na ilha com o aumento do turismo e dos moradores”.

Edmunds acrescentou: “Oito anos atrás, éramos 8 mil pessoas, hoje somos cerca de 12 mil, mais outros 12 mil turistas que chegam todos os meses… Não fomos ouvidos e esse é o resultado”. O prefeito alertou que teme a improvisação no que se refere a esse tema, porque ela prejudica aqueles que habitam a ilha e desfrutam dos parques.