Agora foi a vez de Narciso. Um afresco muito bem preservado que retrata o “mito de Narciso” foi encontrado no átrio de uma casa na cidade de Pompéia, Itália. Nessa mesma residência de decoração luxuosa, há alguns meses, foi descoberta uma imagem de Leda, a rainha de Esparta, com o Deus Júpiter em seu colo, disfarçado de cisne para fugir das tentações de outras mulheres fora descoberto.

“A beleza dessas salas nos levou a modificar o projeto e continuar as escavações, o que nos permitirá abrir ao público pelo menos uma outra parte deste domus no futuro”, explicou a diretora interina do Parque Arqueológico de Pompeia, Alfonsina Russo.

A figura de Narciso, que teria se apaixonou por sua própria imagem e morrido em função disso, era um tema bastante comum na cidade romana no século I, quando Pompéia foi destruída pela erupção do vulcão Vesúvio. As ruínas de 79 d.C. se tornaram um dos sítios arqueológicos mais visitados do mundo, quase 4 milhões de pessoas passam por lá todo ano. Em 2013, a Unesco ameaçou colocá-la em sua lista de patrimônios mundiais em perigo.

A partir de então, as autoridades italianas tiveram que melhorar sua preservação para evitar que isso acontecesse. Nos últimos meses, surpreendentes descobertas estão fazendo esse empenho valer a pena: incluindo os restos mortais de um cavalo, uma casa com um santuário elaborado e uma gravura da erupção ocorrida em outubro de 1979 (e não em agosto, como se pensava anteriormente), além das obras já relatadas nesta matéria.