Realizado em Brasília em março, o 8º Fórum Mundial da Água foi um daqueles eventos globais que mereciam muito mais relevância do que a obtida. A primeira edição do fórum no hemisfério sul contou com 15 chefes de Estado e participantes de 160 países. Mais de 100 mil pessoas foram à Vila Cidadã, o espaço aberto no Estádio Mané Garrincha com atividades voltadas para melhorar o uso da água. Pela primeira vez, viu-se um tribunal de justiça pela água em ação, simulando o que deverá ser a mais alta instância jurídica para tratar de questões sobre recursos críticos de água doce. Outra inovação de sucesso foi o Grupo Focal de Sustentabilidade, destinado a garantir a incorporação das questões de sustentabilidade aos processos das demais comissões do fórum. Mas a premência dos temas abordados ainda não garantiu uma agenda global que dê à água e à sua gestão o destaque devido. Talvez ela surja no 9º Fórum, no Senegal, em 2021.