A DeepMind, unidade de inteligência artificial do Google , criou um sistema de aprendizagem profunda que analisa os registros de saúde de uma pessoa, incluindo informações como sinais vitais e exames de sangue, e depois prevê a chance de insuficiência renal aguda (IRA). Em um artigo publicado na revista “Nature” e abordado pelo periódico “MIT Technology Review”, os pesquisadores mostraram que conseguiram prever 55,8% dos casos até 48 horas antes de ocorrerem. Para caso mais graves, como aqueles que exigiriam diálise em um estágio posterior, o acerto foi de cerca de 90%.

Só nos Estados Unidos, a IRA afeta 20% dos pacientes internados em hospitais com problemas sérios. Se for descoberta e tratada precocemente, porém, a doença pode ser revertida. Por isso mesmo, o sistema é visto com muita expectativa positiva, por seu potencial de salvar muitas vidas.

 

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Mas novas pesquisas serão necessárias. O estudo se baseou em registros do Departamento de Assuntos de Veteranos dos EUA, um banco de dados com 94% de presença masculina, e houve também um considerável número de casos de falsos positivos.

Para reunir mais informações sobre o novo recurso, a DeepMind planeja incorporar o algoritmo ao seu aplicativo Streams, que ajuda os médicos do Royal Free Hospital de Londres a identificar pacientes com risco de desenvolver IRA.