Os cérebros de adultos são bastante suscetíveis às condições socioeconômicas de seus donos, mas podem ser reformatados e ter suas funções alteradas. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade do Texas (EUA) publicada em maio na revista “PNAS”, que avaliou por status socioeconômico imagens de cérebros de pessoas entre 20 e 90 anos de idade. Em adultos de meia idade com status mais alto, as redes cerebrais estavam organizadas de modo mais eficiente e sua matéria cinzenta do córtex era mais espessa. Já em cérebros de pessoas de condição socioeconômica mais baixa, o córtex era mais fino – característica associada a problemas cognitivos com o avanço da idade, como perda de memória e demência. Um trabalho anterior já havia mostrado que os cérebros de crianças podem ser alterados se elas são criadas em ambientes sem educação, nutrição e acesso à saúde adequados.