Todos os anos a Índia registra tempestades de areia, mas as do início de maio (dias 2 e 3) foram marcantes pela intensidade inédita em décadas. Elas atingiram dois estados do norte do país, Rajastão e Uttar Pradesh, com ventos de até 130 quilômetros por hora, que derrubaram muros, árvores e postes de energia elétrica e causaram a morte de pelo menos 125 pessoas e ferimentos em mais de 200 indivíduos. Na região devastada (que inclui a capital do país, Nova Délhi) existem muitas casas de barro, que mostraram sua fragilidade ante a força do fenômeno.

A área onde está o famoso mausoléu Taj Mahal, no distrito de Agra, foi a mais afetada, com pelo menos 43 mortos, mas o monumento não sofreu danos. Diante da virulência dessas tempestades e da possibilidade de elas se repetirem nos dias seguintes, as autoridades indianas recomendaram aos moradores das regiões atingidas que ficassem atentos e, no caso, de novas ocorrências, dormissem do lado de fora de suas casas, um hábito entre os mais pobres durante os meses mais quentes do ano. Com a maior incidência de fenômenos do gênero prenunciada pelo aquecimento global, talvez seja melhor pensar em soluções para o problema que não se limitem ao meramente paliativo.