Ao mesmo tempo que o mundo todo parou para ver a superlua no céu, em seu momento mais próximo da Terra, outro corpo celeste se aproximou muito do planeta. Mas, nesse caso, se pudesse ser visto a olho nu, no mínimo, iria assustar muito.

O asteroide MD8 2013, que mede entre 38 e 86 metros, passou aqui “bem perto”, de acordo com um comunicado divulgado pela NASA. A rocha, que viaja a 13,6 quilômetros por segundo, passou a 15,1 distâncias lunares.

Para nossa sorte, ele não deve causar nenhum dano ao planeta. Em geral pequenos asteroides são destruídos ao entrar na atmosfera da Terra e seus detritos costumam passar despercebidos. Mas se o impacto for prejudicial? A NASA está sempre de olho nessa possibilidade. Desde 2016, a agência americana tem uma equipe encarregada em detectar e rastrear objetos potencialmente perigosos (NEOs – Near Earth Objects, objetos próximos da Terra), o Departamento de Coordenação de Defesa Planetária (PDCO, da sigla em inglês). Ou seja, cometas, asteroides ou meteoritos que tenham mais de 140 metros e possam chegar a menos de 7,4 milhões de quilômetros da Terra.

A órbita terrestre é densamente povoada por tais objetos. O PDCO já encontrou 95 por cento do catálogo conhecido de mais de 15.000 NEOs. São em média 1.500 por ano, e aproximadamente metade deles são maiores que 140 metros. Um número cada vez maior desses objetos é detectado à medida que os métodos para isso são aperfeiçoados. Mas a imensidão espacial e o tamanho comparativamente minúsculo dos corpos celestes com o espaço fazem com que as colisões sejam pouco frequentes.

Mas, em caso de risco, a PDCO destacaria uma missão para desviar o curso do corpo celeste ou para destruir o mesmo. As técnicas para afastá-lo mais prováveis de serem aplicadas são o uso de uma espaçonave para mudar a gravidade, o emprego de ablação por laser para vaporizar a rocha espacial ou ainda o impacto cinético, que colide uma ou mais espaçonave contra o asteroide ou cometa.