Um detalhe interessante da paternidade emergiu de um estudo americano divulgado em maio na revista Behavioral Neuroscience: pais de filhas dedicam mais atenção às suas crianças do que os que têm filhos. A pesquisa, liderada por Jennifer Mascaro, da Universidade Emory, acompanhou durante 48 horas as interações entre pais e suas crianças. Os pais de filhas passaram 60% mais tempo respondendo atentamente a suas crianças do que os pais de filhos. Os primeiros também usaram um tempo cinco vezes maior cantando e assobiando com suas filhas do que os demais, e falaram mais francamente com elas sobre emoções, como tristeza. O resultado sugere que um preconceito de gênero inconsciente pode influenciar a maneira como os pais tratam suas crianças.