Tão habituados estamos com a expressão “aurora boreal” – a aurora vista no hemisfério norte – que com frequência nos esquecemos de que também existem auroras do outro lado do mundo. É fácil explicar por quê: as auroras boreais são visíveis em muitas regiões de terra firme habitadas. Já as auroras austrais podem ser vistas em áreas oceânicas e na Antártida, o que reduz drasticamente seu número de espectadores.

Uma dessas (bem mais raras) imagens de aurora austral pode ser vista aqui, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Como uma nuvem de fumaça verde elétrica, a aurora austral aparentemente se cruza com o brilho da atmosfera da Terra, enquanto a ISS orbita acima do Oceano Índico, a meio caminho entre a Austrália e a Antártida.

Um conjunto de faixas coloridas, cortinas, raios e manchas em constante mutação, as auroras são mais visíveis perto dos polos norte (aurora boreal) e sul (aurora austral), na medida em que partículas (íons) carregadas que fluem do Sol (vento solar) interagem com o campo magnético da Terra.

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As auroras acontecem quando íons do vento solar colidem com átomos de oxigênio e nitrogênio na atmosfera superior. Os átomos são excitados por essas colisões e geralmente emitem luz quando retornam ao seu nível de energia original. A luz cria a aurora que vemos. A cor de aurora mais comumente observada é a verde.

Aurora austral, vista entre a Austrália e a Antártida, em foto tirada na ISS. Crédito: Nasa