Aqueles que usam rede para dormir têm vantagens inesperadas sobre as demais pessoas que repousam na cama, afirmam pesquisadores suíços. Em seu estudo, publicado em janeiro na revista “Current Biology”, cientistas das universidades de Lausanne e de Genebra descrevem uma experiência na qual monitoraram 18 jovens que dormiram uma noite em uma cama fixa e outra em uma cama que balançava suavemente de um lado para o outro.

Usando a segunda opção, os voluntários não só conseguiram dormir mais rapidamente como, uma vez dormindo, eles também passaram mais tempo no sono de movimentos oculares não rápidos, dormiram mais profundamente e acordaram menos.

Em seguida, os pesquisadores procuraram os efeitos disso na memória. Para avaliar a consolidação da memória, os participantes estudaram duplas de palavras. Os pesquisadores então mediram a precisão para relembrar essas palavras associadas em uma sessão noturna, em comparação com a manhã seguinte, quando acordaram. Eles descobriram que as pessoas se saíram melhor no teste da manhã quando foram balançadas durante o sono.

Outros estudos mostraram que o movimento contínuo de balanço ajudou a sincronizar a atividade neural nas redes tálamo-corticais do cérebro, que desempenham um papel importante na consolidação do sono e da memória.

As pesquisas deverão ser aprofundadas futuramente para se descobrir o efeito desse balanço em pessoas com problemas de saúde e, em especial, em idosos.