60 ANOS DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

Com mais de 360 traduções da Declaração Universal dos Direitos Humanos, as agências da Organização das Nações Unidas espalhadas pelo mundo estão aproveitando o ano de 2008 para ajudar na promoção e defesa dos direitos humanos. A Declaração foi o primeiro documento internacional que reconhece que todos os seres humanos têm direitos e liberdades fundamentais. Esse documento continua relevante até hoje. Disponível nas seis línguas oficiais da ONU(árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol) faladas por bilhões de pessoas até em idioma pipil, pelo qual se expressam 50 pessoas em El Salvador e Honduras, a Declaração Universal dos Direitos Humanos continua a ser o documento mais traduzido do mundo, segundo o Guinness World Record.

Durante a Década da Educação sobre os Direitos Humanos (1995- 2004), foi criado um projeto com o objetivo de traduzir a Declaração para o maior número possível de idiomas e dialetos. Esse projeto foi implementado por várias agências e departamentos da ONU, incluindo o Escritório do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), por governos, universidades, organizações internacionais, regionais e outras entidades da sociedade civil. O ACNUDH recebeu mais de 360 traduções.

O tema da campanha, “Dignidade e Justiça para Todos Nós”, reforça a visão da Declaração de serum compromisso à dignidade e à justiça universal, e não somente algo que deveria ser visto como um luxo ou uma lista de intenções. Para celebrar esse aniversário, ao longo deste ano foi criado um logotipo simbolizando tais princípios. O logotipo pode ser usado por todos, com o propósito de divulgar a campanha ao público em geral, sendo necessária apenas uma solicitação de uso à seção de comunicação do ACNUDH por meio do website oficial dos 60 Anos da Declaração.

Mais informações e texto integral da Declaração em várias línguas: http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/ 60UDHRIntroduction.aspx.

Projeto brasileiro recebe Prêmio de Alfabetização da Unesco

Brasil, Etiópia, África do Sul e Zâmbia foram os vencedores dos quatro prêmios internacionais de alfabetização da Unesco 2008. O Prêmio de Alfabetização da Associação de Leitura Internacional da Unesco foi outorgado para o programa “Alfabetizando com Saúde”, da prefeitura de Curitiba (PR). O programa brasileiro será premiado pelo seu êxito durante anos pela colaboração genuína entre os órgãos municipais de educação e saúde de Curitiba. A cerimônia de premiação foi realizada no dia 8 de setembro de 2008, em Paris (França), por ocasião da celebração do Dia Internacional da Alfabetização.

Agenda global de conservação da biodiversidade

A biodiversidade, ou seja, a variedade da vida na Terra, está desaparecendo com uma velocidade crescente e imprevisível. Essa situação contradiz o “Objetivo de Biodiversidade para 2010”, que visa à redução significativa do índice da perda da biodiversidade até 2010. Ciência e governança para a conservação e sustentabilidade e eqüidade utilizando a biodiversidade são elementos básicos para diminuir o índice dessa perda. Faz muito tempo que o programa da Unesco “O Homem e a Biosfera” iniciou projetos e atividades enfocando diversidade e recursos naturais, impactos humanos na biodiversidade e como esta afeta as atividades humanas. Estas iniciativas pretendem contribuir para o cumprimento da agenda global de conservação da biodiversidade.

Leia mais: http://www.unesco.org.br/areas/ciencias/areastematicas/biodiversidade.

Segurança humana no município de São Paulo

Financiado pelo governo japonês, por meio do Fundo das Nações Unidas de Segurança Humana, foi lançado em 15 de setembro, na capital paulista, o Projeto de Segurança Humana no município de São Paulo. Essa iniciativa interagencial tem o apoio das secretarias municipais de Educação, Saúde e Assistência e Desenvolvimento Social, além da participação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e da Unesco.

Esta última é a agência líder na implementação em São Paulo. O projeto visa abordar desafios em termos de segurança humana na cidade de São Paulo, na qual a concentração populacional aumenta a pressão por serviços sociais, como nas áreas de saúde e educação. Observa-se ainda um incremento na criminalidade e em outras formas de violência. O objetivo é empoderar indivíduos, famílias e comunidades, engajar grupos sociais nas áreas de saúde e educação e promover atividades comunitárias nas regiões leste e sul do município, onde em geral residem pessoas mais pobres e a violência é um problema recorrente. O bairro selecionado na cidade de São Paulo foi Itaquera/José Bonifácio.

As ações a serem implementadas via projeto incluem: educação e capacitação para os jovens, abrangendo adolescentes, famílias e comunidades, com abordagem da saúde reprodutiva em geral, do HIV e da Aids; atividades culturais e esportivas; oficinas sobre mediação de conflito; criação e capacitação de uma equipe de apoio em rede para promover a igualdade e o estabelecimento de uma cultura de paz; capacitação de agentes de proteção social e outros especialistas na área da infância. Espera-se que o projeto contribua para reduzir a violência, estabelecer uma cultura de paz e concretizar a segurança humana em nível comunitário.

Telefone: (11) 3105-7606. E-mail de contato: unescosp@ unesco.org.br.

UNESCO E UCB LANÇAM CÁTEDRA SOBRE JUVENTUDE

A Unesco e a Universidade Católica de Brasília (UCB) inauguraram em setembro, na UCB, a Cátedra Unesco de Juventude, Educação e Sociedade. Formada por um núcleo de pesquisa, ensino e extensão interdisciplinar organizado pelo programa de pós-graduação stricto sensu em Educação da universidade, a cátedra é resultado de iniciativa da Unesco voltada à ampliação do projeto “Observatório de Violências nas Escolas – Brasil”, da UCB. Após a cerimônia de inauguração, foi apresentada a palestra “Da Indisciplina à Ciberviolência, Dívidas da Alfabetização Emocional”, com o professor Alejandro Castro Santander, da Universidade Católica da Argentina. Foi também lançado o primeiro livro co-editado pela Unesco e pela cátedra: Paradigmas da Exclusão Social, de Geraldo Caliman.

Mais informações: http://www.catedra.ucb.br.