A tendência de vítimas de bullying ou de violência no trabalho desenvolverem doenças cardiovasculares é maior do que a de quem não lida com esses desafios, indica um estudo publicado no European Heart Journal.

Os pesquisadores examinaram dados de mais de 79 mil homens e mulheres entre 19 e 65 anos que não tinham histórico de doença cardíaca. No geral, cerca de 9% relataram ter sofrido bullying e 13% disseram ter sido expostos à violência no trabalho em 2017.

Após cerca de 12 anos de acompanhamento, os trabalhadores que sofreram bullying se mostraram 59% mais propensos a ser diagnosticados com doenças cardíacas ou hospitalizados por ataques cardíacos ou derrames do que os que não lidaram com o problema; já no grupo exposto à violência, a probabilidade foi 25% maior.

A vida pessoal de funcionários melhorou, segundo o estudo (Foto: iStock)

Em contrapartida, vale a pena resgatar que testes realizados pela empresa neozelandesa Perpetual Guardian, gestora de fundos, testamentos e investimentos imobiliários, bateu o martelo em novembro de 2018: é vantajoso – pelo menos para ela – deixar seus funcionários trabalharem quatro dias e receberem por cinco dias na semana.

Segundo cientistas que estudaram o caso, os cerca de 250 contratados da companhia no país testados relataram níveis mais baixos de estresse e mais altos de satisfação no trabalho, além de um melhor senso de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

A Perpetual Guardian definiu que os funcionários podem escolher entre trabalhar quatro ou cinco dias por semana, dando aos que decidirem pela segunda alternativa opções como flexibilizar horários de entrada e saída de modo a contornar problemas como congestionamentos ou compromissos com os filhos.