Pesquisadores sugerem que temperaturas cada vez maiores, uma característica da mudança climática, podem reduzir a contagem de espermatozoides. Apesar de o estudo ter sido feito com animais, acredita-se que o efeito pode ser o mesmo no ser humano.

Segundo um estudo publicado na revista Nature Communications, exemplares do besouro Tribolium castaneum, comum na Terra, foram submetidos a condições de controle e a uma “onda de calor” de cinco dias, na qual as temperaturas mais altas ficaram entre 9 °C e 13°C acima da máxima média.

Essas condições prejudicaram a reprodução masculina, mas não a feminina, observam os cientistas. Ondas sucessivas “quase esterilizam besouros machos”, diz Matt Gage, da Universidade de East Anglia (Reino Unido) e coautor do estudo. A redução de espermatozoides em tais circunstâncias também pode ocorrer entre humanos, alertam os pesquisadores.