Em meio a tantas notícias ambientais ruins, há pelo menos uma boa: a camada de ozônio sobre a Antártida continua a se recuperar. Segundo estudo publicado na revista Geophysical Research Letters e baseado em imagens de satélite, a redução na camada durante o inverno antártico (do início de julho a meados de setembro) de 2016 foi 20% inferior à do mesmo período em 2005. A mudança está ligada às regulamentações internacionais adotadas em 1987 contra os clorofluorcarbonos (CFCs), substâncias antigamente usadas como aerossóis e gases para refrigeração.

A redução da camada de ozônio aumenta a entrada de raios ultravioleta na atmosfera, o que causa problemas como câncer de pele, catarata, diminuição do fitoplâncton e redução das colheitas. “Podemos ter vencido a crise da redução de ozônio”, declarou a cientista Susan Strahan, da Nasa, a respeito da descoberta, anunciada em janeiro. “Mas é importante que todas as nações continuem a cumprir o Protocolo de Montreal (e suas emendas), que bane a produção de CFCs.” Conheça alguns números sobre o caso.