Parar de fazer filhos?

● Sou assinante dessa revista, que geralmente traz informações interessantes e atualizadas. Na última edição, porém (PLANETA nº 449), fiquei um tanto decepcionado com a forma superficial e pouco crítica como foram abordados três temas muito importantes: o crescimento populacional (“É preciso parar de fazer filhos?”), a educação religiosa (“Quando a escola semeia tempestade”) e o aquecimento global (“Cúpula de Copenhague – Mudanças climáticas”). Embora seja verdade, na maioria das vezes, que não se deve apontar “culpados” pelos problemas globais, creio que escamotear o debate e a busca de alternativas com repetições batidas ad infinitum e “soluções” genéricas certamente não contribui para resolver a crise global pela qual passamos. Assim como na medicina, é preciso que toda a ciência seja baseada em evidências.

Hilton P. Silva, médico, biólogo e antropólogo, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, por e-mail.

 

● Nós, como integrantes do ecossistema Terra, estamos sentindo e vendo caminhar a passos largos a deterioração do planeta, por conta dos desflorestamentos, da degradação do solo e da emissão de gases venenosos. Esses são os principais provocadores do atual e assustador esquentamento do planeta. Contribuem para o derretimento das geleiras, o aumento do nível do mar e catástrofes arrasadoras. Diante desse quadro, temos de apelar para todos os recursos a nosso alcance: dentre eles, a propagação para os quatro cantos do mundo da nossa presente situação, para que as pessoas tomem consciência dela e do caos que o futuro pode nos reservar se não começarmos agora a deixar de castigar nossa mãeterra e não pararmos de procriar de modo insustentável. Temos certeza de que ninguém há de querer que um descendente seu, filho, neto ou bisneto, venha a passar fome e sede por falta de alimentos e água. Se a atual procriação insustentável não parar, se a população do mundo aumentar em mais 3 bilhões de indivíduos até o ano 2050, a Terra, lamentavelmente, não terá condições de nos sustentar. Deixar de fazer filhos? (PLANETA nº 449) É um caso para se pensar! Com muito amor e carinho, e não visando apenas ao presente, mas ao amanhã deles!

Célio Roberto de araújo, Areado, MG, por e-mail.

 

● Fui católica e hoje acredito ter evoluído ao assumir uma fé evangélica. Mas há um mandamento de Cristo que creio permanecer válido em qualquer sistema religioso: “Crescei e multiplicai-vos.” Controlar a natalidade sob o argumento de que o planeta já não suporta uma população tão grande poderá contrariar frontalmente esse mandamento. Qual será a posição das igrejas cristãs a esse respeito?

Severina antunes Seixas, Mossoró, RN, por e-mail.

● Minha mãe, italiana que veio para o Brasil no final do século 19, teve 16 filhos. Era ótima mãe e avó, mas era também muito realista e não tinha pelos sobre a língua. Já estava velhinha quando a televisão chegou, nos anos 60. Lembrome que ela dizia sempre, dirigindo-se aos descendentes: “Que pena ela não existir quando me casei. Para o meu sossego, certamente mais da metade de vocês simplesmente não existiria.” Estava certa. A televisão, e tudo aquilo que ela representa em termos de vida e mundo modernos, é a maior responsável pela grande diminuição das taxas de natalidade em todo o mundo desenvolvido ou mais ou menos desenvolvido, como é o caso do Brasil. Mas parece que ainda não basta, que ainda precisa diminuir muito mais. Podemos esperar: dentro em breve algo vai aparecer, inventado pelo homem ou pela natureza, para levar o número de natalidades a suas devidas proporções. Só espero que a invenção surja pela inteligência e responsabilidade dos homens. E não pela ira da mãe-terra. Pois, como dizia ainda minha velha e sábia mãe, “quando a cabeça não pensa, o corpo padece”.

Dirce Valério Pellegrini, São Carlos, SP, por e-mail.

Piracicaba

● Parabéns à revista PLANETA. Meu filho é biólogo e é assinante. Leio constantemente as matérias/reportagens. Já comentei com alguns amigos educadores que as escolas deveriam manter essa revista para a prática da leitura dos alunos, começando desde cedo. Seria uma excelente forma de aprender conceitos e conhecimentos ligados à natureza. Sou piracicabano e na reportagem de Fabíola Musarra, “Piracicaba – Santuário Ecológico” (PLANETA nº 448), em que é citada a grande fogueira da festa de São João como sendo no distrito de Tupã, há necessidade de uma pequena correção: o correto é distrito de Tupi.

José Roberto Silveira Mello, Piracicaba, SP, por e-mail

 

Gorilas

● Na página 16 de PLANETA nº 448 há uma nota intitulada “Gorilas africanos na web” na qual informa-se que só existem 720 desses animais no mundo, e metade deles vive em Uganda, na África. Na página 22 dessa mesma edição informa-se que o número desses animais se reduz hoje a poucas dezenas de milhares. Gostaria de saber qual das informações é a correta (espero que seja a segunda).

Pedro Corrêa S. Neto, Aracaju, SE, por e-mail.

Nota da Redação: Caro Pedro, a primeira nota refere-se a uma variedade particular desses primatas, o gorila-de-montanha, uma das espécies animais mais ameaçadas do mundo. A segunda, ao somatório das diferentes variedades de gorilas existentes no continente africano.

 

Vampiros lamentosos

● Sou assinante da revista há muitos anos. Lembro-me de um artigo do diretor, Luis Pellegrini, publicado há muito tempo, que falava sobre os diferentes tipos de vampiros psíquicos, essas pessoas que adoram ficar sugando a energia vital dos outros. Por que não têm aparecido mais artigos como aquele na minha revista preferida?

Nadir Clemente Sarto, São Paulo, SP, por e-mail.

Nota da Redação: Cara Nadir, neste número, por coincidência, há um outro artigo nessa linha e também assinado por Luis Pellegrini: “Os Lamentosos”, à página 58. Assim sendo, aproveite.

 

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