Magia. Que Bicho é esse?

● Luis Pellegrini, acabo de ler parte do seu blog. É bom demais ler o que você escreve! Seu artigo sobre magia (PLANETA nº 452) está sensacional, senti o Luis de sempre, o mago e o crítico, o sensível e o racional, você por inteiro e mais um pouco… pela inspiração transcendente. Minha entrevista, que saiu no mesmo número, está ótima, não só pelos meus méritos, mas sobretudo pela capacidade de síntese da Andiara Maria. Estou muito feliz por estar nas páginas de PLANETA, a revista que acompanhei desde o formato pequeno. Há um upgrade fantástico na revista e ela explode de energia em todos os artigos, sempre atualíssimos e engajados, no bom sentido.

Lucy Penna, Goiânia, GO, por e-mail.

● Luis! Que narrativa! Você tem uma didática maravilhosa! Você é professor? Estou buscando esse longo, longo caminho e, ao ler sua matéria sobre magia, meu entusiasmo somente aumentou. Meu descrédito sempre foi total sobre magia e práticas associadas, mas agora que lhe encontrei vi que há um pessoal com maturidade para falar de Eliphas Levi, de micro e macrocosmo e da importância da ética. Existe gente séria, coerente e sóbria nesse meio! Viva! Parabéns e muito obrigada.

Tuti, por e-mail.

● Nossa, seu texto sobre magia ficou excelente! Li na revista PLANETA e, procurando a respeito do tema, achei o seu blog. Tenho 15 anos e sou bastante curiosa quanto a assuntos como magia e ocultismo. Considero tudo isso simplesmente fascinante, e achei sua narrativa ótima por desenvolver o tema numa linguagem simples e com ótimas referências bibliográficas.

Dani, por e-mail.

● Salve, Luis Pellegrini. Meu nome é Lucas. Gostaria de saber se já leu o livro Grimório para um Aprendiz de Feiticeiro. Se leu, o que achou? Fui até a página 375, mas acho que existe muito sensacionalismo em algumas partes dessa obra. E Com o Auxílio da Alta Magia, já leu? Na minha biblioteca existem poucos volumes sobre magia. Por favor, me recomende alguns volumes. Desde já, agradeço.

Lucas, por e-mail.

 

Nota do diretor: Caro Lucas, não conheço nenhum dos dois livros a que você se refere. Na verdade, li pouquíssimas obras sobre o assunto, à exceção dos livros de Eliphas Levi e de Papus, que considero sérios. Francamente, a maioria dos textos que andam por aí sobre o tema mais parece delírio de doidos do que texto saído de cabeças equilibradas. Estou convencido de uma coisa, Lucas: para perceber o que é magia e viver a experiência mágica, ninguém precisa ficar queimando os neurônios com leituras especializadas. Basta ler literatura boa e séria, a dos grandes escritores – que são, todos eles, grandes magos, muitas vezes sem saber que o são. Experimente William Shakespeare. Basta contemplar grandes obras de arte, da música, da pintura, da dança. Basta mergulhar no mundo natural, atravessar uma floresta, ouvir o canto dos pássaros, escalar uma montanha. Você já mergulhou no fundo do mar, Lucas, numa área onde existam corais? É magia pura. E, para completar, se você quiser mesmo viver uma experiência arrasadora em matéria de magia, apaixonese simplesmente. Nada supera o amor em matéria de sortilégio. Mas, se você quiser mesmo entender magia a partir da cabeça dos outros, vou pensar, e tentar preparar mais à frente uma listinha de títulos e autores que poderão lhe interessar. Aguarde.

Os dois desenvolvimentos

● Parabéns pelo artigo “Desenvolvimento: com opulência, ou com liberdade efetiva”, do Prêmio Nobel indiano Amartya Sen (PLANETA nº 452). PLANETA é, hoje, no Brasil, uma das raras revistas de grande circulação com coragem suficiente para publicar textos desse gabarito. Claro, o artigo está no espaço da Unesco e tem seu aval, mas nem precisaria. A matéria fala por si só, ao examinar a grande encruzilhada da história em que nos encontramos: a do desenvolvimento. Qual é a melhor opção? Prosseguirmos nessa corrida ao mesmo tempo fascinante e insensata em direção à fruição e ao acúmulo dos bens materiais, a atual civilização dos shopping centers? Ou, numa guinada de 180 graus, retornarmos ao essencial, ao comedido, à justa medida das coisas, porém permanecendo livres e senhores do nosso destino? Eu, da mesma forma que Amartya Sen, já escolhi: prefiro a segunda opção. Àqueles que, diferentemente de mim, escolhem a gaiola de ouro (ou o bezerro de ouro, para me referir à Bíblia) da opulência inútil, meus pêsames. Acho que estão se enterrando em vida.

Marcelo Bernardes Vidal, Rio de Janeiro, RJ, por e-mail.

 

O sucesso veste vermelho

● Informo que na PLANETA nº 452, maio de 2010, no artigo “O sucesso veste vermelho”, a foto da equipe estampada na página 37 não corresponde ao Manchester United, e sim ao Hamburgo, da Alemanha.

Eduardo Eustáquio, por e-mail.

Nota da redação: Sua observação está correta, caro Eduardo.

Células-tronco

● A tecnologia das células-tronco já consegue reconstituir órgãos vitais deteriorados?

Maruska Grinover, São Paulo SP, por e-mail.

Nota da redação: Sabemos que com as células-tronco já é possível reconstituir partes de tecidos corporais destruídos ou deteriorados. Mas, por ora, uma das únicas notícias que temos sobre a reconstituição de órgãos do corpo vem do Japão. Há poucos meses, uma equipe médica chefiada por Kazihisa Nakao fez nascerem dentes funcionais na mandíbula de um rato após ter implantado nela esboços de incisivos produzidos numa cultura de células-tronco. Esses pesquisadores cultivaram in vitro dois tipos de células-tronco (epiteliais e mesenquimatosas) colhidas no alvéolo dentário de um rato. Depositadas sobre uma matriz de colágeno (espécie de cimento fisiológico), elas produziram, alguns dias depois, “brotos” dentários. Uma vez implantados na mandíbula de outro rato, no lugar de um dente extraído, os “brotos” formaram um dente completo, com esmalte, polpa, vasos sanguíneos e conexões nervosas. Um artigo na próxima edição trará outras informações sobre o tema.