Destruição da família

● Não me surpreende o artigo que acabo de ler na revista PLANETA, referindo-se à atual situação da família brasileira (“A nova família”, edição nº 468). Minha opinião não está no tradicionalismo do qual fiz parte, mas na evolução e no caminho por ela percorrido nos últimos anos. Costumo dizer que o mundo tende a desaparecer em alguns séculos, pois hoje as famílias têm, em média, três filhos, mas já se nota a tendência acentuada de os casais terem dois filhos ou um. É muito provável que em 30 ou 40 anos as famílias tenham no máximo dois filhos. Em termos de população, essa quantidade corresponderia apenas à reposição natural do pai e da mãe. Como as pessoas morrem, a conclusão é que, daqui a um século, o número de habitantes do planeta começará a diminuir. Quanto aos filhos de casais homossexuais e seu futuro, quero dizer que, se as autoras da reportagem consideram um avanço na família a união de homossexuais e a adoção de filhos que têm de aprender a chamar o sexo masculino de mãe e o feminino, de pai, então elas compartilham, como fruto da moderna família, de sua própria destruição. E, com certeza, não têm a consciência espiritual ativa. Alonso Banheti, Lajinha (MG), por e-mail.

Contra a homofobia

● Achei espetacular a reportagem sobre “A nova família”, publicada na edição nº 468. Digitalizei a matéria e enviei via mailing para alguns advogados. Trabalho na Ordem dos Advogados do Brasil, na 13ª Subseção de Franca, interior de São Paulo, capital do calçado, do café e do basquete masculino, com aproximadamente 350 mil habitantes e 1.800 advogados inscritos em nossa subseção. Informo que, no dia 11 de agosto, foi inaugurada a Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia, integrada por advogados voluntários que fazem plantão para atender a população, um trabalho pioneiro, muito importante e gratificante para a nossa cidade. Roberta Fagundes, Franca (SP), por e-mail.

Pacientes engajados

● Gostaria de parabenizar pela matéria “Pacientes Engajados” (PLANETA, edição nº 468). Há dois anos sou portador da Síndrome da Cauda Equina, uma doença neurológica rara. Desde essa época, busco na internet fontes de estudo e grupos de discussão sobre essa enfermidade, o que fez grande diferença em meu tratamento. Dividir as dores, angústias e dicas de novos tipos de tratamento com pessoas que vivem a mesma realidade, com certeza, fez minha vida ficar melhor. Hoje, posso afirmar que sei mais sobre minha doença do que alguns médicos que tratam de minha saúde. Nem todos os profissionais gostam de se sentir menos informados que o paciente, mas outros até estimulam e aplicam minhas sugestões e informações em outros pacientes.Nosso grupo no Yahoo Groups e Facebook criou uma camisa com informações sobre o site (www.caudaequina.org). Arquimedes Pessoni, São Bernardo do Campo (SP), por e-mail.

Papo cabeça

● Há poucos meses sou assinante da Revista PLANETA. Fiquei agradavelmente surpresa com a riqueza e diversidade de seu conteúdo. Temas interessantes, criativos e atuais. Contudo, fiquei chocada com a entrevista “Papo cabeça”, de Miguel Nicolelis, publicada na edição de agosto (nº 467). Afirmar que Jesus era esquizofrênico, significa, em primeiro lugar, não saber nem ter entendido nada a respeito de Cristo e de sua mensagem de amor. Em segundo lugar, é muita ousadia e audácia tal colocação! Provavelmente quem está precisando de medicamento para esquizofrenia é outra pessoa. Erica Beulke, Joinville (SC), por e-mail.

Pecuária x agricultura

● Como vegetariano acho muito interessante a divulgação de informações para uma divulgação e conscientização das pessoas sobre as consequências das suas escolhas. Porém, o final da matéria “A carne é fraca” (edição nº 467) deixou a desejar. Como engenheiro agrônomo trabalhando no Instituto Agronômico do Paraná, não concordo com algumas afirmações. Se todos se tornassem vegetarianos, não seria necessário substituir pastagens por agricultura intensiva. A área destinada à produção de ração já bastaria – e muito – para alimentar a todos. A substituição de pastagem por lavouras também não significa redução de biodiversidade. Como pesquiso exclusivamente agricultura orgânica, trabalho sem uso de fertilizantes sintéticos, dos quais a uréia, como fonte de nitrogênio, é o carro-chefe do consumo de recursos fósseis. Podemos substituí-la pela fixação biológica simbionte por várias leguminosas, como soja, mucuna, tremoço e guandu, entre outras. Logo, a linha de degradação ambiental seria amenizada pela menor pressão sobre os recursos naturais. Luis Antonio Odenath Penha, por e-mail.

Cultura laica

● Fiquei espantada com o comentário do leitor Rogério Buzzi na seção de cartas da edição nº 465 da Revista PLANETA, a respeito do espiritualismo oriental tematizado pela matéria “Agir ou Não Agir”. Sua visão é preconceituosa e desrespeitosa com os diferentes credos. O senhor Buzzi esqueceu que Constituição brasileira defende a liberdade religiosa, por se tratar de um Estado laico. Nosso país é conhecido mundialmente pela tolerância com diferentes credos, mesmo sendo uma nação de predominância cristã. A revista, por seu cunho universalista, apóia a liberdade de credo e raça, atendendo as diferentes visões sobre Deus e o mundo. Com todo respeito ao leitor, atitudes como essa só fazem proliferar a intolerância com aqueles que pensam diferente. Carmem Thais Almeida Vasconcellos, Rio de Janeiro, por e-mail.

Drogas virtuais

● Sou aluna da Escola Técnica Tupy / Sociesc, de São Bento do Sul, Santa Catarina. Gostaria de sugerir à redação que fizesse matérias sobre iDoser, as drogas virtuais que alteram a frequência cerebral. Gabriela Machado, por e-mail.

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