Cuba dos contrastes

Inacreditável. É como se Cuba estivesse num dos lugares mais remotos da Terra. Incomunicável e de difícil acesso. É essa a impressão que nos dá, após a leitura da matéria sobre Cuba em PLANETA 429. É muito diferente da Cuba anterior a 1959. O tempo correu, no mundo globalizado. Mas a ilha não acompanhou. Estagnou. Foi ficando para trás. Ela é hoje como era há quase meio século. Os veículos que circulam por lá são de fabricação tão antiga que no resto do mundo não passam de peças de museu. Construções muito antigas, sem reparos, quase ruindo. É como se a população não procriasse. Esse povo vem seguindo o mesmo ritmo, apesar de ter certos privilégios na área da saúde. As escolas, do nível básico até a universidade, são gratuitas, tornando os cidadãos pessoas qualificadas. Só que essa qualificação não adianta nada, pois não há emprego para que ela gere riqueza para a nação.

Enfim, a população está fora da realidade. Não está integrada à globalização. Só agora, no governo de Raúl Castro, é que está começando a ter acesso a eletrodomésticos mais sofisticados, DVDs e CDs, computadores e internet para se conectarem com o resto do mundo.

É um povo sofrido. Mas esse sofrimento é devido ao ato irracional e desumano imposto pelos Estados Unidos – um país vizinho, irmão, também americano – a Cuba pelo embargo econômico, comercial e financeiro. Esse embargo, considerado um dos mais duradouros da história(vem se arrastando há 49 anos, até os dias atuais) trava o desenvolvimento. Celcar, email: celcar@ip3.com.br

Pigmeus Bayele

Somos do campus Pinheiros da Universidade Paulista (Unip) e assinantes da revista PLANETA. Solicitamos autorização para usar, para um trabalho de nossos alunos, a reportagem sobre os “Pigmeus Bayele”, da África, publicada no número 404 (maio de 2006). Ela será o assunto de prova da disciplina “Homem e Sociedade”. Silvia Fiorini, bibliotecária, Unip Pinheiros, São Paulo SP, e-mail: biblioteca.phs@unip.br

Nota da Redação: Autorização concedida, desde que os créditos do autor e da revista sejam respeitados. PLANETA se sente feliz e orgulhosa todas as vezes que uma escola lança mão de matérias publicadas para embasar trabalhos dos alunos.

O chamado da solidão

São tantas as reportagens importantes no número de maio (PLANETA 428) que, se pudesse, comentaria cada uma delas. Porém, a reportagem “O chamado da solidão” me chamou realmente a atenção. Para mim, a solidão é a melhor fonte no processo de “busca” e fundamental para a construção do “eu”. Acredito que o desenvolvimento tecnológico não trouxe o desenvolvimento psíquico esperado; ao contrário, afastou-nos de nós mesmos. Tornamo-nos, na maioria, doentes; desaprendemos a dialogar com o nosso mundo interior. Cuidamos do nosso colesterol, da dieta e dos exercícios físicos, mas não paramos mais para cuidar da nossa alma. Espero que ainda possamos mudar o curso dessa história. Andréa Mara Silva, Belo Horizonte, MG, e-mail: andreamara4@hotmail.com

Voltar da morte

É bom ver que, ocasionalmente, a revista volta a tocar nos velhos temas da PLANETA de outros tempos. Nada contra, até pelo contrário. Desde que a abordagem desses assuntos seja séria e o mais possível científica. Pois foi justamente a falta de conteúdo e de seriedade científica que, na minha opinião, levou o grande público a desgostar da temática esotérica, paranormal e espiritual após o grande boom de interesse das décadas de 1980 e 1990. De resto, embora as informações contidas na matéria “Morrer e voltar da morte” (edição 429) não provem a sobrevivência da consciência após a morte definitiva do corpo físico, é sempre animador verificar esses fenômenos que sugerem uma permanência. Maria Matilde dos Ramos, Goiânia, GO, por fax.