
Em condições adversas como o inverno, quando a comida é escassa, o cérebro de alguns roedores diminui de tamanho, ajudando a poupar energia. O órgão volta ao normal em condições favoráveis.
Para entender o impacto do fenômeno, o chamado efeito Dehnel, na estrutura cerebral e na atividade neuronal, o neurobiólogo Saikat Ray, do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, e colaboradores da Alemanha e da China analisaram o cérebro do menor mamífero terrestre: o musaranho-pigmeu (Suncus etruscus), de metabolismo elevado e baixas reservas de energia.
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Exames de imagens mostraram que o córtex do roedor (foto) encolheu 10% no inverno em relação ao verão (“PNAS”, 15 de dezembro). A área que mais diminuiu de tamanho (28%) foi o córtex somatossensorial, ligado ao tato e à capacidade de capturar presas.
Para os autores, o estudo ilustra como os sistemas neurais são plásticos e se adaptam às condições extremas.
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