O primeiro navio quebra-gelo construído inteiramente em um estaleiro chinês, em Xangai, o Xuelong 2, deverá entrar em operação ainda este ano. A embarcação está equipada com diversos instrumentos científicos e deverá ser usada tanto em expedições à Antártida quanto ao Oceano Ártico.

“A expedição da China na Antártida certamente obterá mais avanços e ajudará a compreender, proteger e utilizar melhor o continente e a gerar mais benefícios para a humanidade”, disse Sun Bo, chefe da equipe de pesquisa, segundo a agência de notícias oficial chinesa, Xinhua.

O quebra-gelo chinês Xuelong, também conhecido como Dragão da Neve, está voltando neste mês de março para casa depois de sua 35ª missão de pesquisa na Antártida e talvez última. Construído em 1993 na Ucrânia, o Xuelong foi transformado em um navio de pesquisa polar e apoiou as expedições chinesas anuais na Antártida durante mais de 20 anos.

A temporada de “calor” na Antártida – de outubro a março – é o momento de maior movimentação no continente. Os membros da tripulação realizaram uma série de avanços de pesquisa durante a viagem de quatro meses, como a finalização de novos edifícios e instalações de apoio nas bases de pesquisa, o estudo de espécies marinhas, testes com robôs submarinos e a instalação de um novo radar e telescópios solares.

A conclusão da segunda fase da Estação Taishan é um dos êxitos mais importantes dos pesquisadores, que têm estabelecido novos edifícios e sistemas de geração de energia, assim como um sistema de derretimento de neve e tratamento das águas residuais abaixo da neve. Eles também obtiveram avanços tecnológicos chave na aplicação de energia nova para as estações de pesquisa.

A equipe de pesquisa obteve uma grande quantidade de dados e amostras de espécies marinhas na região antártica e descobriu que no mar de Amundsen poderia haver um terreno fértil da espécie conhecida como krill.

Durante a missão, a primeira aeronave de asa fixa para voo polar da China, Snow Eagle 601, concluiu a detecção de uma capa de gelo antártica e obteve importantes registros do clima do núcleo de gelo.

Os pesquisadores também finalizaram a construção de uma pista no primeiro campo de aviação da China na Antártida, o que facilitará muito a pesquisa e as expedições do país neste continente de gelo.