Em apenas nove dias, o Japão foi castigado por três tufões: o Kompasu, o Mindulle e o Lion­rock. O último, mais forte, tocou a terra no dia 29 de agosto em Iwaizumi, no nordeste de Honshu, a maior ilha do arquipélago – foi o primeiro ciclone tropical a chegar à região desde o início dos registros da Agência Meteorológica do Japão, em 1951. Até 1º de setembro, o Lionrock havia causado a morte de pelo menos 11 pessoas (nove em um asilo tomado pela lama) e o desaparecimento de 21.

As pesadas chuvas e rajadas de vento de até 111 km/h provocaram ainda o cancelamento de mais de 50 viagens do trem-bala e de mais de 100 voos em Honshu e na vizinha Hokkaido, além de obrigar as autoridades a tomar medidas emergenciais para evitar danos à usina nuclear de Fukushima, atingida em um terremoto seguido de tsunami em 2011.

O tufão Kompasu já havia cruzado Hokkaido em 21 de agosto, depois de passar pela costa leste de Honshu, e o Mindulle chegou ao sudeste dessa ilha 24 horas depois, com chuvas torrenciais e fortes ventos na área de Tóquio e Yokohama. As duas tormentas causaram inundações e deslizamentos que levaram duas pessoas à morte e causaram o cancelamento de centenas de voos e viagens de trem.

Normalmente, a temporada anual de tufões apresenta 16 ocorrências e vai até setembro. O Lionrock foi apenas o quarto ciclone do ano. Segundo a Agência Meteorológica do Japão, concentrações de ocorrência de tufões aumentam a possibilidade de inundações e outros desastres.