Pesquisadores da expedição Nautilus divulgaram, no começo deste mês, um vídeo mostrando uma misteriosa e incomum água-viva. O animal flagrado, da espécie Deepstaria, é translúcido, tem uma aparência “fantasmagórica” e parece ter um “manto” que se dobra e desdobra conforme o movimento.

O que mais surpreendeu os pesquisadores é que a água-vida parecia ter um outro animal dentro de si. Segundo um dos pesquisadores da Nautilus, o animal dentro da água-viva é um isópode, que é um pequeno crustáceo que é “parente” dos tatus-bolinhas terrestres.

Segundo comunicado da Nautilus, a Deepstaria não possui tentáculos que queimam como outras águas-vivas. Essa espécie pode abrir e fechar sua “bolsa”, encurralando, assim, qualquer presa que flutue para dentro dela.

A Deepstaria tem uma espécie de rede intrincada de canais que levam as presas até seu estômago, que fica no topo da “bolsa”.

Porém, o crustáceo dentro da água-viva não é uma presa. Não é incomum ver essa associação de espécies na natureza, embora os cientistas ainda não saibam a extensão total dessa associação. Segundo os pesquisadores da expedição, é provável que os isópodes se alimentem de pequenos pedaços da água-viva e usem seu corpo como esconderijo de predadores.

Veja o vídeo da Nautilus que mostra a Deepstaria:

A Nautilus é uma expedição ligada ao Fundo de Exploração Oceânica, entidade fundada pelo explorador Robert Ballard, descobridor do local do naufrágio do Titanic e pesquisador da sociedade National Geographic.

A expedição vai pesquisar, até outubro, regiões inexploradas da Costa Oeste dos Estados Unidos e a região oeste do Pacífico Central, incluindo a Samoa Americana.