Pesquisadores da Universidade Sun Yat-sen (China) usaram pela primeira vez a técnica da edição de base para reprogramar uma falha em uma base do código genético. A operação – definida como uma “cirurgia química” e divulgada em um artigo publicado em setembro na revista Springer – foi feita em embriões de laboratório com talassemia beta, doença sanguínea hereditária que pode causar fraqueza, fadiga e formação de coágulos sanguíneos anormais. No artigo, os pesquisadores classificam a talassemia beta como “problema de saúde global” causado por mutações no gene HBB e descrevem como trocaram uma das quatro bases nitrogenadas do DNA, a guanina, pela adenina (as outras são a citosina e a timina), a fim de solucionar o problema no sangue. Criada por David Liu, professor da Universidade Harvard (EUA), a edição de base é uma nova tecnologia que permite a modificação irreversível de genes dentro dos organismos.