O pesado investimento que a Coca-Cola faz em pesquisas científicas nas universidades tem uma finalidade não muito nobre, segundo um estudo publicado em maio na revista “Journal of Public Health Policy”.

Com base em 87 mil páginas de documentos obtidos com base na legislação americana de acesso à informação, referentes a três universidades daquele país e a uma canadense (respectivamente, Universidade Estadual da Louisiana, Universidade da Carolina do Sul, Universidade de Washington e Universidade de Toronto), cientistas afiliados à Universidade de Cambridge, à Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, à Universidade Bocconi (Itália) e ao US Right to Know (organização sem fins lucrativos que defende maior transparência no sistema alimentar) afirmam que a empresa usa os contratos que elabora para garantir acesso antecipado a descobertas de pesquisas e interromper estudos por qualquer razão.

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Com isso, a multinacional barra a divulgação de descobertas de pesquisas desfavoráveis, como estudos que conectam o consumo de refrigerantes à obesidade.