O foguete Falcon Heavy da SpaceX, lançado nesta madrugada de Cabo Canaveral, na Flórida, leva a bordo 24 satélites de pesquisa, um dos quais, projetado pela Força Aérea dos Estados Unidos e gerenciado pelo Marshall Space Flight Center da Nasa, tem grande relevância no que se refere a viagens espaciais menos poluentes. Ele é a peça-chave da Green Propellant Infusion Mission (GPIM), ou Missão de Infusão de Propelente Verde.

Nas últimas décadas, quase todos os veículos motorizados que chegam ao espaço usam um combustível à base de hidrazina. A substância é considerada muito eficiente, mas também altamente tóxica para os seres humanos, e pode causar danos severos ao meio ambiente.

O satélite testado leva, no lugar da hidrazina, nitrato de hidroxilamônio. As vantagens implícitas no novo combustível incluem durações de missão mais longas, manobrabilidade adicional, maior espaço de carga útil e processamento de lançamento simplificado. Dependendo dos resultados obtidos pelo satélite recém-lançado, essa fonte de energia alternativa deverá ser adotada em todas as futuras missões espaciais americanas.