Já se sabia que o Supersaurus (gênero de dinossauro quadrúpede vegetariano, com longos pescoços) estava entre as maiores espécies de seu tempo, mas uma nova pesquisa colocou-o no devido lugar. Segundo o americano Brian Curtice, paleontólogo do Museu de História Natural do Arizona e líder do estudo, esse é “o dinossauro mais longo baseado em um esqueleto decente” – a observação advém do fato de que os restos mortais de outros concorrentes disponíveis abrangem apenas fragmentos de ossos.

Curtice anunciou a descoberta no início de novembro, em publicação no site Fossil Crates e no evento anual da Society of Vertebrate Paleontology. O estudo ainda aguarda publicação em uma revista com artigos revisados por pares.

Comparação do supersauro (com os ossos que permitiram sua identificação na silhueta) com um homem médio. Crédito: Reprodução/Daniel Barrera Guevara/Fossil Crates
Pescoço de mais de 15 metros

O supersauro viveu durante a parte final do período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, na atual América do Norte. Do focinho até a cauda em forma de chicote, ele media além de 39 metros, podendo chegar a cerca de 42 metros. É bem mais do que o diplodoco, que atingia até 33 metros de comprimento. Segundo Curtice, o pescoço do supersauro, sozinho, chegava a mais de 15 metros, enquanto a cauda superava 18 metros.

O primeiro espécime do supersauro foi descoberto por Jim Jensen em 1972 em um sítio no Colorado (EUA) repleto de fósseis, no que era basicamente uma “salada de ossos”, disse Curtice. Foi Jensen quem coletou os ossos e preparou os fósseis. De início, não ficou imediatamente claro quais ossos pertenciam ao animal. Jensen pensava que dois dos ossos pertenciam a dinossauros diferentes, mas posteriormente confirmou-se que eles pertenciam ao mesmo supersauro.