Mais de 200 cientistas no mundo todo participaram das pesquisas que produziram a primeira imagem de um buraco negro, revelada ontem pela Fundação Nacional de Ciência (National Science Foundation).
Mas na quarta-feira (10), dia em que a histórica imagem foi revelada para o mundo, um nome chamou a atenção: Katie Bouman, 29 anos, pós-doutoranda da Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Katie liderou a parte do projeto que criou o algoritmo que reuniu todos os dados enviados por telescópios do mundo inteiro e traduziu as informações na foto divulgada para o mundo.
Buracos negros são muito difíceis de fotografar porque ficam muito distantes e também não emitem luz, embora possam projetar sombra em outros corpos celestes.
A imagem do buraco negro foi feita a partir de milhões de gigabytes de dados coletados da galáxia M87 por uma rede de telescópios conhecida por Event Horizon Telescopes.
O algoritmo projetado por Bouman teve o papel de produzir dados extras para preencher as lacunas deixadas pelas informações coletadas pelos telescópios.
Quando Katie começou a desenvolver o algoritmo, ela era aluna da graduação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
A cientista divulgou uma foto mostrando todos os HDs usados para armazenar os dados da pesquisa que resultaram na imagem.