Estudo publicado no jornal médico Lancet Infectious Diseases mostrou que um americano de 25 anos e saudável foi infectado pelo coronavírus por duas vezes com um mês e meio de intervalo sendo que a segunda infecção foi mais grave do que a primeira. Ele testou positivo para a doença em 18 de abril pela primeira vez e teve alguns sintomas, como dor de garganta, dor de cabeça, tosse, náusea e diarreia. 

Porém, ele ficou isolado em casa e melhorou. Depois, o teste dele deu negativo duas vezes. No entanto, 48 dias depois, ele voltou a testar positivo e apresentou sintomas mais graves, como dificuldades para respirar. Ele precisou ser internado no pronto-socorro e teve que receber oxigênio. Agora, ele está recuperado novamente.

Segundo o professor Mark Pandori, principal autor do levantamento, ainda existe muita ignorância sobre as infecções e a resposta do sistema imunológico. “Mas nosso trabalho mostra que a infecção anterior não protegeria necessariamente contra uma infecção futura”, disse.

Isso, de acordo com ele, mostra que as pessoas que já foram contaminadas precisam continuar se protegendo por meio do distanciamento físico, do uso das máscaras e da higienização das mãos. Até o momento, cinco casos de reinfecção foram confirmados: um em Hong Kong, um na Bélgica, um na Holanda, um no Equador e um nos Estados Unidos. 

Porém, isso não significa que não existam mais casos, já que muitas pessoas são assintomáticas. No entanto, até entre os casos confirmados, não existe uma consistência. No caso dos Estados Unidos e do Equador, a segunda infecção foi mais grave do que a primeira, ao contrário do que foi observado com os outros três casos.