O rearranjo dos músicos no palco, associado à abertura do maior número possível de portas e janelas, pode reduzir muito o risco de os integrantes de uma orquestra se infectarem com o novo coronavírus.

Tomando como base medições anteriores de partículas potencialmente infecciosas emitidas pelos instrumentos musicais de uma orquestra, o grupo de Tony Saad, da Universidade de Utah em Salt Lake, Estados Unidos, usou modelagem computacional para projetar como o ar se move em uma sala de concerto e quais ajustes de posição protegeriam o grupo. Algumas das reorganizações conseguiram reduzir em cerca de 100 vezes a concentração de partículas potencialmente infecciosas no palco, de 1 por litro de ar para 0,001 por litro (Science Advances, 23 de junho).

A estratégia foi testada pela Orquestra Sinfônica de Utah, que deslocou os instrumentos de percussão, a harpa e o piano para o centro do palco e os instrumentos de sopro para as bordas, próximo às saídas de ar (ScienceNews, 23 de junho).

* Este artigo da Revista Pesquisa Fapesp é reproduzido aqui sob a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o artigo original aqui.