O cosmólogo brasileiro Pedro Bernardinelli, de 27 anos, descobriu por acidente o maior cometa do sistema solar enquanto estava pesquisando sobre objetos distantes que orbitam o Sol para sua tese de doutorado.

Com diâmetro estimado entre 100 e 200 quilômetros, o cometa, batizado de Bernardinelli-Bernstein e também conhecido como C/2014 UN271, é 2,5 vezes maior que o detentor anterior do recorde.

Bernardinelli, estudante do Departamento de Física e Astronomia da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e seu orientador, o professor Gary Bernstein, anunciaram a descoberta em junho. Eles encontraram o objeto entre dados coletados pela Câmera de Energia Escura, montada no Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile.

“Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto, ou ao menos maior do que qualquer um que já tenha sido bem estudado, e de tê-lo pegado cedo o suficiente para que as pessoas assistam ao desenvolvimento dele conforme se aproxima e esquenta”, disse Gary Bernstein em um comunicado do NoirLab na ocasião. “Ele não visita o Sistema Solar em mais de 3 milhões de anos.”

O cometa está se aproximando do nosso sol há milhões de anos. Em junho, ele estava a 3 bilhões de quilômetros de distância do Sol, o equivalente à distância de Urano. Segundo o cosmólogo, o Bernardinelli-Bernstein estará em seu ponto mais próximo do Sol em 2031, localizado um pouco além da órbita de Saturno.