Pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) compararam a qualidade de 227 tipos de máscaras faciais à venda no Brasil, medindo sua capacidade de bloquear a passagem do novo coronavírus (Aerosol Science and Technology, 26 de abril). O estudo, coordenado pelo físico Paulo Artaxo e pelo estudante de doutorado Fernando de Morais, confirmou a superioridade das máscaras cirúrgicas.

Nos experimentos, as máscaras N95 impediram a passagem de até 98% de partículas de aerossol com diâmetro de 120 nanômetros, o mesmo das partículas transmissoras do SARS-CoV-2.

As máscaras feitas de tecido não tecido (TNT) apresentaram uma eficiência média de 78%. Já a das máscaras de pano variou de 15% a 70%. Além da qualidade do tecido, detalhes como a presença de uma costura na região central podem diminuir a eficiência. A utilização de uma dupla camada de tecido e de um clipe nasal pode melhorar significativamente seu desempenho.

* Este artigo foi republicado do site Revista Pesquisa Fapesp sob uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o artigo original aqui.