No romance Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, o visionário capitão Nemo, do submarino Nautilus, dizia que era perfeitamente possível subsistir apenas com os recursos que os oceanos lhe ofereciam. O capitão inspira o Jardim de Nemo, um projeto criado em 2012 e integrado ao pavilhão italiano na Expo 2015, em Milão. Inaugurada em 1º de maio e aberta até 31 de outubro deste ano, a mostra, que deve atrair mais de 20 milhões de visitantes, tem como tema “Nutrir o planeta, energia para a vida”.

Os cerca de 140 países participantes exibem ali as mais modernas tecnologias destinadas a vencer o desafio de garantir alimentos saudáveis e em quantidade suficiente para a humanidade sem ameaçar o equilíbrio da Terra. O Jardim de Nemo, coordenado por Gianni Fontanesi, envolve a instalação de três bios­feras a oito metros de profundidade. Ali, em um ambiente autônomo livre da poluição atmosférica externa, o processo natural de fotossíntese permite o cultivo de basilicão e outros vegetais verdes. Fontanesi é o pesquisador da foto, verificando a condensação do ar no interior de uma das biosferas.