A imagem composta de 2018 da Nebulosa do Caranguejo reproduzida acima foi feita com dados do Observatório de Raios X Chandra (azul e branco) e dos telescópios espaciais Hubble (roxo) e Telescópio Espacial Spitzer (rosa). A estrela que explodiu para criar a Nebulosa do Caranguejo foi vista pela primeira vez da Terra em 1054 d.C.

Desde o seu lançamento, em 1999, o Chandra observou frequentemente a nebulosa, e os dados de raios X ajudaram os astrônomos a entender melhor esse objeto espetacular. A Nebulosa do Caranguejo foi um dos primeiros objetos que o Chandra examinou com sua nítida visão de raio X, e tem sido um alvo frequente do telescópio desde então.

Há muitas razões pelas quais a Nebulosa do Caranguejo é um objeto tão bem estudado. Trata-se de um dos poucos casos em que há fortes evidências históricas de quando a estrela explodiu. Ter essa linha do tempo definitiva ajuda os astrônomos a entender os detalhes da explosão e suas consequências. No caso dessa nebulosa, observadores em vários países relataram o aparecimento de uma “nova estrela” em 1054 d.C. na direção da constelação de Touro.

LEIA TAMBÉM: Hubble flagra asteroide passando na frente da Nebulosa do Caranguejo

Matéria e antimatéria

Muito se aprendeu sobre a Nebulosa do Caranguejo nos séculos seguintes. Hoje, os astrônomos sabem que essa nebulosa é alimentada por uma estrela de nêutrons altamente magnetizada, em rotação rápida, chamada pulsar, que foi formada quando uma estrela maciça ficou sem combustível nuclear e entrou em colapso. A combinação de rotação rápida e um forte campo magnético na Nebulosa do Caranguejo gera um intenso campo eletromagnético que cria jatos de matéria e antimatéria se afastando dos polos norte e sul do pulsar e um vento intenso fluindo da direção equatorial.

Imagem em mosaico do Hubble que mostra a Nebulosa do Caranguejo, divulgada em 2005. Crédito: Nasa, ESA, J. Hester & A. Loll (Universidade Estadual do Arizona)