Dados de satélite analisados por pesquisadores da Universidade de Columbia (EUA) revelam que, de 1996 até hoje, a superfície nevada da Groenlândia (dona do segundo maior manto de gelo do mundo) está escurecendo e retendo mais calor, o que faz o gelo absorver 2% a mais de energia solar a cada década. Além disso, a temperatura perto do solo no verão groenlandês tem subido cerca de 0,74°C a cada década. A “sujeira” na neve provém da fuligem produzida por incêndios florestais na China, na Sibéria e no Canadá que os ventos levam à Groenlândia. Em artigo publicado na revista The Cryosphere, os cientistas escrevem que essa situação deverá continuar e reduzir a refletividade da superfície (o albedo) a cerca de 10% no fim do século – um quadro que favorece ainda mais o degelo.