Cientistas de três países, liderados por integrantes da Universidade de Turku (Finlândia), coletaram em Uganda (África) novas espécies de vespas parasitoides tropicais da variedade Afrotropical Rhyssinae. Algumas das maiores espécies desse grupo de insetos superam dez centímetros de comprimento. As descobertas foram relatadas em artigo na revista “ZooKeys”.

As duas vespas desconhecidas anteriormente pela ciência são Epirhyssa quagga e Epirhyssa johanna. O nome desta última, que aparece na foto acima, homenageia Johanna, a esposa do pesquisador Tapani Hopkins.

As Rhyssinae são vespas que parasitam besouros ou as larvas de madeira em decomposição. As fêmeas carregam um ovipositor extremamente longo, usado para perfurar madeira, ferir e paralisar o hospedeiro e pôr ovos.

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Embora espécies de insetos de grande porte tendam a ser mais conhecidas que espécies pequenas, as vespas tropicais são uma exceção. “Um bom exemplo de quão pouco conhecidas são as Afrotropical Rhyssinae é a espécie Epirhyssa overlaeti , que é a maior Rhyssinae africana”, afirmou Hopkins. “Apenas duas fêmeas eram conhecidas antes, uma coletada na década de 1930 no Congo e a outra em Camarões nos anos 1980. Agora, em um único local de Uganda, encontramos um grande número de fêmeas e machos. Isso mudou completamente o que se sabe sobre a distribuição das espécies.”

Anteriormente, a equipe estudou a diversidade de vespas Rhyssinae na Floresta Amazônica e descreveu dez novas espécies sul-americanas de grande porte. “É importante estender a pesquisa ao continente africano, porque nosso objetivo é entender a diversidade global dos insetos parasitoides, que são extremamente ricos em espécies”, afirmou Hopkins.