Relatório divulgado nesta sexta-feira (16) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostrou que, em julho de 2019, foi detectado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) um desmatamento de 1.287 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, um aumento de 66% em relação a julho de 2018, quando o desmatamento somou 777 quilômetros quadrados.

Considerando o calendário de desmatamento 2019, que compreende o período de agosto de 2018 a julho de 2019, o desmatamento na Amazônia Legal foi de 5.054 quilômetros quadrados, o que corresponde a um aumento de 15% em relação ao mesmo período do calendário anterior.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 135 quilômetros quadrados em julho de 2019, enquanto em julho de 2018 a degradação florestal detectada totalizou 356 quilômetros quadrados, uma redução de 62%. Em julho de 2019 a degradação foi detectada no Pará (44%), Rondônia (18%), Amazonas (16%), Roraima (11%), Mato Grosso (8%) e Acre (3%).

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O Imazon é uma organização sem fins lucrativos qualificada pelo Ministério da Justiça. Seu sistema, o SAD, detecta áreas de desmatamento a partir de 1 hectare (10.000 m²).

Já o Deter, Detecção de Desmatamento em Tempo Real, outro sistema muito usado para medir o desmatamento, é um sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do governo federal.

A divulgação dos dados sobre desmatamento do Inpe causou crises no governo no último mês, já que o presidente Jair Bolsonaro acusou o órgão de mentir sobre os dados. O diretor do Inpe, o físico Ricardo Galvão, foi exonerado.